Jacobo
Senin vence na festa do título absoluto de Hélder Silva
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O galego do
Norma M20 FC foi claramente o mais forte no fim-de-semana e voltou a vencer em
Boticas. Já Hélder Silva fez uma prova cautelosa, de olhos postos nos títulos nacionais
absoluto e da Categoria Protótipos. O quarto lugar final foi suficiente para celebrar
a inédita dupla conquista.
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Pedro Marques
cumpriu as previsões e sagrou-se campeão nacional da Categoria GT, terminado
uma época de sonho com mais uma vitória na categoria.
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A questão dos
títulos nacionais de Turismos, Legends e Clássicos chegaram já resolvidas a
Boticas, estando previamente entregues, respetivamente a Luís Nunes, José Carlos
Magalhães e Fernando Salgueiro.
Numa jornada sempre sob os
favores do sol e pautada pela presença de muito público, sempre com um
comportamento sem mácula, esta edição da Rampa de Boticas terminou da melhor
forma a época 2021 do Campeonato de Portugal de Montanha JC Group.
A excelente organização
assinada pelo Demoporto foi premiada com uma lista de participantes que, no
campeonato principal, ascendeu a 43 pilotos, número muito positivo num fecho de
temporada.
A história da luta pela vitória
na Rampa de Boticas dá conta de uma repetição do que tinha acontecido em Maio, na
primeira passagem do CPM JC Group por Boticas. O galego Jacobo Senin colocou o
seu Norma M20 FC a rodar num patamar inalcançável para os adversários e,
sobretudo nas subidas de prova, foi sempre muito mais rápido. Como tal, repetiu
“a dose” de Maio e conquistou mais uma vitória em terras lusitanas. Para o
registo, fica ainda a autoria da melhor subida, tendo rodado na 2ª subida
oficial de prova em 2:13.355, à média horária de 137,94 km/h.
Atrás de si, outro espanhol
esteve também em grande. A disputar a terceira prova do ano no nosso campeonato
maior, Cesar Alonso foi rodando cada vez mais rápido na sua nova Osella PA21JRB,
foi quem mais perto esteve de Senin, terminando a 7,8 segundos.
Mas o foco estava na luta pelos
títulos nacionais ainda em aberto.
Hélder Silva e José Correia eram
os candidatos às coroas absoluta e de protótipos. O piloto do BRC BR53 partia
com vantagem e optou por uma abordagem controlada à prova em Boticas. A estratégia
deu o fruto desejado e o 4º lugar na geral e 2º entre os que pontuavam para o campeonato
foi suficiente para chegar ao seu primeiro duplo título da carreira, feito mais
do que merecido por tudo quanto fez na época.
O até hoje campeão em título
José Correia (Osella PA2000 Evo 2) deu tudo para tentar renovar o cetro. Foi
quase sempre o mais rápido português em prova, terminando no 3º lugar final e
como melhor nacional.
António Rodrigues selou as
contas da Divisão Protótipos B, garantindo em óticas o 5º lugar absoluto e
voltando a vencer na sua divisão. Tripulando o BRC CM05 Evo da NJ
Racing/Lusimed, a “bala do Douro” coroou assim mais uma época de sucesso. Atrás
de si, na 2ª posição da divisão e no 6º da geral, ficou o seu colega de equipa
Nuno Guimarães. O capitão da Seleção Nacional foi sempre muito eficaz com o
SilverCar S2.
Nas contas da Categoria GT, Vítor
Pascoal levou o seu Porsche 991 a mais uma vitória, mas foi Pedro Marques, em
carro idêntico, a celebrar o título nacional. O piloto bracarense da Mobycar,
2º em Boticas, chega assim ao pico da sua carreira, depois de uma época de
sonho, onde revelou uma evolução enorme enquanto piloto.
O estreante Bernardo Garcia de
Castro levou o seu 991 GT3 CUP ao 3º posto na categoria.
Dois “jovens lobos” voltaram a dar
cartas em Boticas. Com um GRIIIP G1-17, Miguel Matos não só voltou a vencer na
Taça de Monolugares de Montanha, mas conseguiu ainda estar no top três da
tabela de tempos absoluta da prova. Já Nelson Andrade voltou a provar porque já
é um dos pilotos carismáticos da modalidade. O “Furacão da Madeira” extraiu
tudo do kartcross AG1000 e termina a época invicto na taça de Portugal de
Kartcross de Montanha e com registos no cronómetro que o levaram sempre a rodar
no pelotão da frente.
Entre o rico plantel da
Categoria Turismos, o agora tricampeão nacional da Categoria Luís Nunes voltou
a vencer, mantendo-se invicto em 2021. Com o seu “intratável” Ford Fiesta ST
R5, o “Foguete de Valpaços” foi sempre o melhor da categoria e, logicamente
dominou na Divisão 1.
Em Boticas, o segundo lugar na
divisão foi para o regressado Pedro Filipe Marques (Subaru Impreza), com Daniela
Marques, também em Subaru, a concluir a época com mais um excelente terceiro
lugar.
Joaquim Teixeira correu em casa
e, uma vez mais, não deu veleidades nas contas da Divisão 2. Termina a época
com mais um título e o pleno de triunfos na divisão, extraindo todo o potencial
do seu Cupra TCR da JT59/Bompiso que lhe permitiu ainda ser, na prova e no
campeonato, segundo classificado na Categoria Turismos.
Atrás de si, Luís Silva levou o
potente BMW M3 ao 2º posto na divisão e na categoria. Boticas premiou o esforço
do cada vez mais competitivo Paulo Silva que guindou o Audi RS3 LMS ao último
lugar do pódio na divisão.
Na Divisão 3, o duelo sem tréguas
que era esperado acabou por não acontecer. Logo cedo na manhã a má notícia
invadia o paddock: Sérgio Nogueira não alinharia, pois, o Renault Clio RS
estava com um problema no motor que não tinha resolução possível em tempo útil.
No entanto, tal infortúnio não impediu que o piloto saísse de Boticas com o
almejado título na divisão.
Nas contas da prova, Parcídio
Summavielle levou o Renault Clio RS (R3) a mais uma vitória sem oposição, sendo
secundado por Alberto Pereira (Honda Civic Type R) e Carlos Silva, também num
Clio RS.
Quanto às lides dos Clássicos,
Boticas assistiu a uma “faena” total de Luís Delgado. Nesta sua aparição
pontual, o piloto de Chaves utilizou um potente Ford Escort RS1600 para dominar
por completo ao longo de toda a corrida. Foi sempre o mais forte e assinou uma
robusta vitória.
Atrás de si, o 2º lugar final foi
obtido por Parcídio Summavielle que comemorou o 50º aniversário do icónico Datsun
240 Z, levando a bela máquina nipónica ao pódio, na frente de Carlos fava, 3º
com o VW 1303.
Nas contas dos Legends, o domínio
do regressado Ford Sierra RS Coswrth de Carlos Alberto Oliveira foi total. O
piloto foi claramente mais veloz ao longo de todo o fim-de-semana e conquistou
assim aquele que se transformou na sua primeira e única vitória numa época de altos
e baixos que muito condicionou o seu resultado final no campeonato, onde termina
em quarto.
Apenas na sua segunda prova da
temporada, o duriense Rui Meireles almejou reclamar o 2º lugar em Boticas,
sendo sempre muito rápido e eficaz com o Porsche Boxter. Atrás de si, o último
lugar disponível no pódio foi reclamado por um endiabrado Gonçalo Janeira que,
nesta época de estreia, revelou muita rapidez com o seu Citroen AX GTi.
A questão dos triunfos nos 1300
foi resolvida apenas com as duas primeiras subidas de prova.
Tiago Santos (Citroen AX Sport)
foi claramente mais rápido, do que Marco Figueiredo (Toyota Starlet) nas duas
tentativas, selando logo o triunfo ao obter uma vantagem no somatório superior
a meio minuto.
Nos Clássicos com cilindrada idêntica,
o domínio do Datsun 1200 de José Pedro Figueiredo foi ainda mais avassalador, com
o piloto-médico de Portalegre a terminar com quase um minuto de vantagem sobre
Domingos Fernandes, num Autobianchi A112 Abarth.
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João Raposo
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