Regresso
muito atribulado de Hugo Araújo às lides da Montanha
Para além dos problemas mecânicos que
enfrentou, o bracarense sofreu um delicado problema de saúde que o afetou
profundamente no domingo e quase o impedia de competir. Mas, mesmo muito
debilitado fisicamente, Hugo Araújo ainda levou o BMW M3 ao 4º lugar da Divisão
Turismo 2.
A
41ª Altice Rampa Internacional da Falperra ficará para sempre na memória de
Hugo Araújo e não pelas melhores razões, mesmo que as mesmas nada tivessem a
ver com a entrega, rapidez e eficácia do jovem talento bracarense.
E o fim-de-semana até começou de forma
auspiciosa, com Hugo Araújo a colocar o BMW M3 no comando da tabela de tempos
dos carros da Divisão Turismo 2 na primeira subida de treinos.
Mas, de forma inglória, a sorte terminou aí.
“A embraiagem cedeu na segunda subida de
treinos o que nos impossibilitou de ver que tempo seria possível fazer quando aumentássemos
o ritmo, pois, apesar de termos ficado com o melhor tempo dos T2 na subida
inicial, eu tinha noção de que tinha ido muito controlado e com pneus velhos”, revelou o piloto.
O problema mecânico inviabilizaria a
participação na única subida de prova incluída no programa de sábado da rampa,
pois a equipa foi forçada a levar o BMW M3 para as instalações e fazer “horas extraordinárias”
para substituir a embraiagem, de forma que Hugo Araújo alinhasse no domingo.
O piloto tinha um foco claro: “o meu
objetivo era colocar a fasquia na casa dos 2:25 na subida inaugural de treinos,
para depois, já com pneus novo, tentar atingir a marca de 2.19, nas duas subidas
de prova, batendo assim o meu melhor tempo na Falperra, com o Subaru, que é na
casa dos 2:20”.
E na referida subida de treinos até fez
melhor: 2:24.
Estava montado um cenário que parecia ser muito
favorável. Só que o pior aconteceu.
Hugo Araújo teve uma súbita indisposição,
com dores muito fortes e só a sua garra e espírito de sacrifício o levaram a
estar presente nas duas subidas finais a contar para a classificação.
Assim, o piloto fez as subidas decisivas “sempre
com dores cada vez mais fortes e foi um sacrifício físico e mental tremendo
concluir as subidas”. Mesmo assim, os tempos alcançados levaram-no ao
4º lugar final na Divisão Turismo 2.
Depois, já à noite o cenário mais grave ficou
confirmado quando num exame complementar de diagnóstico lhe foram diagnosticadas
uma cólica renal e uma pedra nos rins, estando agora o piloto em repouso e sob
medicação.
Em jeito de balanço e reflexão, Hugo Araújo
enfatizou que “é nas adversidades que geramos sabedoria e aprendizagem e
é isso que nos levará ao sucesso. Não ter nada por garantido. E assim foi, com
o apoio de todos os amigos que estiveram presentes fisicamente, mas também
"online", com um grupo de amigos, pilotos e respetivas assistências
sempre ao nosso lado tudo se tornou mais merecedor do sacrifício!”.
Como tal, o bracarense agradece “à
equipa técnica que nos acompanhou e que encarou todos os desafios de sorriso no
rosto e aos patrocinadores que tornaram possível esta participação: À Recife
Peças Usadas, Trama Arquitetos e RVP Construções, o meu muito obrigado”,
reservando uma palavra especial para “o meu grande amigo Rui Pinheiro, por
me confiar o seu carro e mover as montanhas necessárias para me fazer conseguir
alinhar”, terminando com a sua pública expressão de “uma enorme
gratidão para com a equipa médica que me assistiu, Dr. Pedro Leão, Dra. Márcia
Machado, Dra. Catarina e Enfermeira Ana Costa. Foram incríveis. Bem hajam!”.
Estamos sempre na busca da melhor informação, tentamos sempre prevalecer a imagem e a informação escrita, tornando a leitura mais rápida e acessível a todos os leitores.
João Raposo
+351 913 353 070
jraposo-air@portugalmail.pt
Copyright © TouchMobile & Design 2017