Nelson Silva à ‘descoberta’ dos Açores
no 40º Rali Além Mar Santa Maria
O piloto de Viana do Castelo aceitou um
convite para se deslocar ao arquipélago e disputar pela primeira vez a prova
pontuável para o campeonato açoriano e assim ‘descobrir’ as classificativas de
terra insulares aos comandos do Mitsubishi Evo VI.
A
segunda temporada completa que Nelson Silva faz na competição automóvel está a
ser recheada de novas experiências, tal como as duas anteriores, apesar de 2020
ter sido afetada pela pandemia. Este fazer “rali a rali”, como
faz questão de frisar.
Recorde-se que o piloto vianense apenas se
iniciou no automobilismo há dois anos, e numa prova do Campeonato de Portugal
de Montanha, na Falperra, “por causa da pessoa a quem tinha adquirido o
carro, que me queria ver correr lá”. Mas a intenção “sempre foi
fazer ralis com este carro. Foi para isso que o adquiri”.
No entanto o primeiro rali de Nelson Silva
até foi um pouco a ‘brincar’. O Rali de Viana, tal como a Rampa de Santa Luzia,
pois foram dois eventos apoiados pela sua cidade-natal. Depois seguiu-se o
Motorshow na Exponor, onde viria “a conhecer o engenheiro João Sousa e a
equipa JC Motorsport, que é até hoje a equipa técnica em que confio para me apoiar
na minha carreira desportiva”.
A ideia para 2020 era fazer pelo menos “três
ou quatro ralis, Vieira do Minho, Viana, Mesão Frio e Famalicão. Mas começou
por ser cancelado Vieira do Minho e percebeu-se que, com a pandemia, as
restantes provas não iam acontecer”.
Com as restrições Nelson Silva virou-se
para a velocidade. “Pois pelo menos os circuitos podiam fazer-se, uma vez
que eram à ‘porta fechada’”. E a ‘perninha’ que fez na FEUP 2 deu bons
resultados. Nos Legends 1300 conseguiu um 1º e um 2º lugar em Braga, uma
vitória no Algarve, e depois de ter falhado a segunda visita ao Algarve, logrou
sagrar-se campeão no Estoril. Entre estas experiências ainda deu para experimentar
o Ralicross, e conseguiu “um terceiro lugar na Divisão 2RM”.
Mas o chamamento dos ralis era mais forte
para o piloto minhoto, e com o Mitsubishi Evo VI decidiu alinhar no Rali Fafe
Montelongo, onde foi 6º ‘à geral’ e 1º do Grupo X3.14 e também venceu a prova
extra realizada no segundo dia.
Em 2021 os planos de Nelson Silva
viraram-se “para o Campeonato Norte de Ralis, onde os planos passavam por
fazer Vieira do Minho, Amarante e Famalicão. E antes desse o Rali Spirit. Este
era mais para entrar no ritmo dos ralis de asfalto, já que se trata de uma
festa, com um ambiente fantástico. O top cinco foi sempre o objetivo, como era no Rali de
Famalicão, onde, infelizmente, ficamos sem ALS logo no começo, e não era
possível colocar a potência do turbo. Acabamos por ficar em sexto, 3º do Grupo
X3.14 e vencemos a Divisão 1 do Desafio Kumho”, destacou o piloto de Viana do Castelo.
E é então que surge o convite para o 40º Rali
Além Mar Santa Maria e a primeira deslocação aos Açores. “Tem tudo a ver
com o empenho do Valter Cardoso, que foi o elo de ligação para surgir este
convite. O José Janela e o engenheiro João Sousa também foram essenciais para que
surgisse a possibilidade desta experiência”, explica Nelson Silva.
O piloto minhoto diz mesmo esta
participação numa prova do campeonato açoriano “será uma descoberta,
diferente de tudo o que conheci até agora. Mas tem sido sempre assim. Vamos
encarar o rali com todo o foco, até para proporcionar à organização e ao público
de Santa Maria um bom espetáculo, agradecendo este honroso convite. Quanto a
resultados, queremos tentar ficar dentro do top dez absoluto final”. A
prova será ainda “muito útil, até para o que pretendo fazer para o ano,
que é ir à Madeira. Já esteve para acontecer este ano, mas eu e o Zé (Janela)
decidimos adiar um ano”.
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João Raposo
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