António
Cruz Monteiro vence Templários Rally Classic por 0,9 segundos!
Aos comandos do Peugeot 208 T16 R5 da
equipa Grupo NOV LPM, O piloto de Leiria, navegado por Nuno Sousa, saiu por
cima de um duelo sem tréguas que travou com Carlos Fernandes e Pedro Afonso,
estes aos comandos de um Mitsubishi Lancer EVO VI, alcançando a primeira vitória
absoluta da sua carreira.
Os milhares de espetadores que, durante os dois dias
de competição, acorreram aos troços cronometrados e à Super Especial noturna
que faziam parte desta edição de 2022 do Templários Rally Classic não deram por
perdido o tempo investido, tendo testemunhado um Rali “Legend” que foi muito para
lá do espetáculo, tendo tido emoção competitiva até ao fim.
A prova organizada pelo Motor Clube
de Tomar contou com a presença de quase cinco dezenas de equipas, aos comandos
de máquinas dos anos 60, 70, 80 e seguintes, sendo de destacar a presença de
duas equipas espanholas e uma francesa, dando assim um toque internacional ao
rali.
Mas, vamos ao filme de ação em que
se transformou a luta pela vitória.
A etapa de sábado, primeiro dia de
prova, servia como prato competitivo cinco doses de emoção e adrenalina, com
tripla passagem pelos 9,54 quilómetros de Porto de Cavaleiros, fechando com
duas passagens pelos 1750 metros de uma bem desenhada Super Especial, em pleno
coração da cidade templária de Tomar.
Carlos Fernandes entrou forte e
venceu as duas primeiras classificativas, sempre seguido de perto por António
Cruz Monteiro, havendo a realçar que outra dupla se começava a destacar: Paulo
Carvalheiro e Dércio Carvalheiro, no novo Porsche 991 GT3 da Paulcar, foram
quartos no primeiro troço, terceiros no segundo e venceriam a 3ª PEC, chegando à
Super Especial noturna no terceiro lugar a 25,3 segundos de Fernandes, com Cruz
7,2 segundos do líder.
Na autêntica “Street Stage” e
perante milhares de espetadores, Cruz Monteiro foi mais forte na primeira passagem
e Carlos Fernandes respondeu na segunda, terminando o primeiro dia separados
por 7,4 segundos, com os Carvalheiro no terceiro lugar já a uns distantes 40.6.
A manhã de domingo revelava-se assim
decisiva para o desenrolar do rali, com o plantel ainda em prova a ter pela
frente duas passagens pelos 7,48 quilómetros da especial de Brazões.
Com tudo em jogo, os dois candidatos
colocaram todas as fichas na mesa e partiram ao ataque.
Brazões 1 acabaria por ser fundamental
para o desfecho da prova. António Cruz Monteiro fez um tempo tremendo e venceu,
colocando o Peugeot 208 T16 R5 no comando, já que Carlos Fernandes sofria as
consequências de um peão e perdia 9,6 segundos.
Como tal, a derradeira especial viu
os dois partirem separados por 2,2 segundos. E ambos eram tudo!
Carlos Fernandes “voou” para um
tempo colossal que lhe daria o triunfo no troço, mas António Cruz Monteiro
respondeu “à letra” tirando à sua marca da primeira passagem 6,6 segundos e
segurou o triunfo por 9 décimas!
Foi o corolário emocionante de um
duelo fantástico entre dois pilotos de grande nível, que prendeu a atenção de
tudo e de todos e que “espremeram” tudo dos seus carros, destacando-se dos
demais.
Sabendo ser impossível imiscuir-se
na luta pelo triunfo, Paulo Carvalheira foi muito sólido na etapa final e manteve
com toda a justiça o 3º lugar final e o respetivo pódio, terminando a 51,5
segundos da frente.
O regulamento do rali contemplava três
grupos diferentes, Open, Sport e Históricos.
António Cruz Monteiro e Nuno Sousa
foram naturalmente a equipa vencedora entre os Open, Com Carlos Fernandes e Pedro
Afonso a superiorizarem-se nos Sport. Entre os Históricos, Vítor Cardeira e João
Sequeira impuseram o seu Ford Escort MKII, terminando num excelente 9º lugar da
geral entre as 36 equipas que lograram concluir a prova.
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João Raposo
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