Debaixo dos Holofotes em Singapura
A Haas F1 Team Reassume a Batalha do Meio do Pelotão no Marina Bay Street Circuit
) – Gene Haas é sinónimo de disrupção desde 1988, quando a sua companhia de ferramentas mecânicas, a Haas Automation, introduziu no mercado a Haas VF-1. Foi o primeiro centro vertical de maquinação da Haas Automation e tornou-se a referência da tecnologia CNC acessível quando foi introduzido com um preço até então desconhecido de $49,500. Perturbou o status quo há trinta anos e hoje continua a perturbar, dado que o VF-1 se vende ainda a $50,000. De facto, custa apenas $46,995 e faz parte de uma extensiva gama de mais de cem produtos da Haas Automation de alto-valor e alta-performance, o parceiro-título da Haas F1 Team.
A metodologia que Gene Haas aplica à Haas Automation estende também à Haas F1 Team, onde se tornou uma força de disrupção quando está apenas no seu terceiro ano de competição do Campeonato do Mundo FIA de Fórmula 1.
Com cerca de cento e sessenta pessoas na equipa, a Haas F1 Team está a terminar recorrentemente à frente de equipas com cerca de duzentas a quatrocentas pessoas. É uma operação que faz mais com menos, e tem feito muito mais em 2018.
Quando a bandeirada de xadrez caiu na corrida mais recente da competição – o Grande Prémio de Itália, realizado a 2 de Setembro – a Haas F1 Team estava no quarto posto no Campeonato de Construtores empatada com a Renault. No entanto, horas mais tarde, a Haas F1 Team estava de volta ao quinto lugar, a dez pontos da Renault, depois de esta equipa ter protestados com sucesso o sexto lugar da Haas F1 Team, anulando o resultado da corrida e reassumindo o quarto posto no campeonato.
Apesar de a Haas F1 Team ter apelado, a Fórmula 1 continua activa, com a próxima corrida, o Grande Prémio da Singapura, a ser realizada no Marina Bay Street Circuit, a 16 de Setembro.
Com o foco na Haas F1 Team, o circuito citadino de 5,065 quilómetros e vinte e três curvas é um palco apropriado para a equipa americana. Focos brilhantes iluminam a pista e foi há dez anos que se tornou na primeira corrida nocturna da Fórmula 1. Era nova e disruptiva e foi imediatamente abraçada, apesar de ser a corrida mais longa da temporada.
Desde que passou a integrar o calendário da Fórmula 1 em 2008, todos os Grandes Prémios de Singapura terminaram a menos de quatro minutos das duas horas de prova, que são o limite máximo da categoria. A corrida de 2015 foi a mais longa de todas, ao ultrapassar as duas horas por um minuto e vinte e dois segundos.
No entanto, ninguém se queixa da visita a Singapura. É uma cultura avançada e uma incrível modernização tomou conta da ilha tropical localizada a apenas um grau norte do equador e tornou-a numa plataforma de negócios e turismo, com a visita da Fórmula 1 à única cidade-estado do mundo a combinar as duas vertentes de uma forma gloriosa.
Poderosos focos iluminam a pista com tal luminosidade que os pilotos dizem que a pista fica mais iluminada que durante o dia, muito embora não existam brilhos. Com todos aqueles focos a cintilar nas formas dos carros enquanto viajam a mais de trezentos e vinte quilómetros por hora pelas rectas com faíscas a emanarem do fundo plano, os adeptos são presenteados com uma festa para os sentidos que só pode ser encontrada no Marina Bay Street Circuit. Para domar a loucura destes vinte e dois carros de Fórmula 1 a gritar em redor desta pista elaborada, os pilotos têm que ter coragem para mantê-los intactos. Os muros que delimitam o Marina Bay Street Circuit não perdoam, mas para um piloto atingir cada grama de potencial da velocidade do seu monolugar, tem que dançar com os muros enquanto navega pelos inúmeros ressaltos da pista.
Se isso não for suficiente, Singapura em Setembro é muito quente. Para além disso, é também muito húmido. Por muito que exista a questão estética por detrás da corrida se realizar à noite, as horas nocturnas são mais frescas para pilotos e espectadores. Ainda assim, as temperaturas dentro dos carros chegam aos 60ºC.
Apesar da dureza da pista e do difícil ambiente, o Grande Prémio de Singapura é apreciado pelos pilotos. A atmosfera electrizante da cidade e a beleza da Fórmula 1 à noite, durante a qual as chamas dos escapes e os disco em brasa oferecem um espectáculo de cor, que passa despercebido durante as provas diurnas, sobressai, o que é admirado pelos pilotos. É um Mónaco dos tempos modernos.
As luzes brilham em Marina Bay e a Haas F1 Team também quer brilhar. Depois de ter estado no quarto lugar por algumas horas, no Grande Prémio de Itália, Romain Grosjean e Kevin Magnussen tencionam reconquistar essa posição. É um classificação apertada num traçado apertado, mas a Haas F1 Team não vai ser dominada.
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