CAMPEONATO DO MUNDO DE RALI FIA
Presentes:
Thierry Neuville (BEL),
Hyundai Shell Mobis World Rally Team
Sébastien Ogier (FRA),
Toyota Gazoo Racing World Rally Team
Sébastien Loeb (FRA),
M-Sport Ford World Rally Team
P:
Thierry, estás em segundo
no Campeonato e tens dois pódios consecutivos. Enfrentas agora o teu primeiro
rali de terra do ano. Em primeiro lugar, como correram os testes? E o que
pensas poder conseguir aqui, sendo o segundo na estrada?
TN:
É difícil dizer. Vimos que
as condições nos reconhecimentos estavam bastante duras. Gostaríamos que
estivessem um pouco mais como no ano passado, mas infelizmente não estão.
Amanhã vai ser um desafio duro. Já sabíamos disso, antes de vir para aqui.
Nunca é bom ser-se o primeiro ou o segundo na estrada. O meu principal alvo tem
de ser o Kalle (Rovanperä), que lidera o campeonato com 29 pontos de vantagem.
O meu principal objetivo é terminar à frente dele neste fim-de-semana.
P:
Já ganhaste esta prova em 2018. Sendo Segundo na estrada e com o regresso dos Sébastien
(Ogier e Loeb) e de Dani Sordo, quão difícil será terminar no pódio este
fim-de-semana?
TN:
Para
ser honesto, penso que será difícil terminar no pódio, mas de certa forma
continuamos sempre a acreditar que é possível. O rali é longo e temos de
definir os nossos objetivos e tentar dar o máximo desde o início. Um pódio
seria um bom resultado, para ser honesto, especialmente se terminássemos à
frente do Kalle (Rovanperä) e do Craig (Breen). Penso que vai ser duro e que
será difícil terminar no top-5. É bom vê-los (aos Sébastien), é bom para o
disciplina, devia ser sempre assim. É mais divertido e é seguramente bom tê-los
de volta. Olhando para a frente, eles podem ser uma boa ajuda para mim ao
retirar alguns pontos importantes, especialmente o Sébastien Ogier, que tem uma
posição de partida melhor. Vai lutar aqui com o Dani (Sordo) e com o Elfyn
(Evans) por uma posição de topo. Nós vamos fazer o nosso melhor e vamos ver
como terminaremos o fim-de-semana. Quero sair daqui com alguns pontos e estou
ansioso por isso.
P:
Não há assistência intermédia
na etapa de amanhã, apenas uma zona de mudança de pneus a meio do dia.
TN:
É estranho, porque depois
de tantos testes que já fizemos, este ano, sempre que chegamos a uma prova,
enfrentamos alguns problemas. A equipa está a trabalhar arduamente e sabemos
que ainda não estamos com tudo a cem por cento.
P:
Bem-vindo de volta,
Sébastien (Ogier). Estás a disputar uma temporada parcial, este ano, e tens uma
boa posição de partida para este rali. O que perspetivas para o fim-de-semana?
SO:
É
seguramente um alívio enfrentar um evento tão duro e ter uma boa posição de
partida. Há muito tempo que isso não acontecia, é assim. Como o Thierry
(Neuville) referiu, temos de olhar em volta e ver o que possível fazer partindo
mais atrás, de uma posição em que podemos ser mais rápidos. Ainda é cedo para
estes carros em pisos de terra. É o primeiro rali e colocam-se muitas questões
relativamente à fiabilidade e à velocidade, pelo que penso que é difícil fazer
prognósticos para o fim-de-semana. É verdade que, no papel, pilotos como eu, o
Elfyn (Evans) ou o Dani (Sordo) temos mais possibilidades nestas condições, por
isso, vamos ver o que podemos fazer amanhã (sexta-feira). Esperam-se
temperaturas elevadas para o fim-de-semana, muitas coisas podem acontecer, mas
é bom estar de volta.
P:
Disputaste,
obviamente o Rally de Monte Carlo, mas não estiveste nos dois seguintes. Sentiste
falta do WRC ou ficaste satisfeito por teres uma pequena folga?
SO:
Não
senti falta, porque recebi informações da Croácia e vi que estava muita chuva e
nevoeiro enquanto eu estava de férias e com bom tempo. Estava feliz por não
estar lá. Ao mesmo tempo, voltei a guiar o carro em testes e fiquei encantado.
Estou contente com o compromisso alcançado neste momento. Ainda há mais algumas
corridas e mais tempo para mim, mas passei alguns meses sem contacto com o
carro. É apenas a segunda corrida, como referiste, mas percebemos que as coisas
estão a evoluir depressa. No entanto, espero que a posição na estrada me ajude
a encontrar o ritmo desde o início da corrida.
P:
É o primeiro evento de terra da temporada.
Como sentiste o Toyota Yaris no shakedown? E ficaste contente com o teste
anterior ao rali?
SO:
Lutei
um pouco no shakedown, mas, de qualquer forma, este não é muito importante. Ao
mesmo tempo, também tenho de me trabalhar a mim próprio. Fui o primeiro na
estrada, no ano passado, e senti dificuldades ao longo de todo o fim-de-semana.
Tenho de estar melhor como piloto desta vez. No papel, é uma boa posição, com o
Elfyn (Evans) atrás de mim, o que me dará uma boa imagem do que estou a fazer e
se será bom ou não. Se tenho pretensões a lutar pela vitória, tenho de ser
rápido desde o início.
P:
Podes revelar em que outros eventos vais
participar?
SO:
O
Quénia ainda não está confirmado, mas há uma forte possibilidade. Mas já não
vou à Sardenha.
P:
Sébastien Loeb, vimos-te vencer em Monte Carlo, faltaste aos dois eventos
seguintes, mas mesmo assim ainda estás em quarto no campeonato. Esperavas ter
uma melhor posição de partida para a primeira prova em pisos de terra deste
ano?
SL:
Esperava
certamente uma posição melhor, mas as coisas são como são. Ser quarto na
estrada não é a posição ideal. Mas todo o panorama não é fácil para mim. Há
muito tempo que não fazia um rali e tive um só dia de testes. Lutei, de manhã
(shakedown), para conseguir uma boa sensação, mas vai ser um fim-de-semana
duro. Ok, claro que é bom esta de volta ao WRC, que é sempre bom guiar na terra
e que nos vamos divertir no carro. Vamos continuar a ter um sorriso no final
das especiais. E darei o meu melhor para ser tão rápido quanto possível.
P:
Estão todos aqui. Vai haver uma força grande e competitiva lá fora. É bom fazer parte do
grupo?
SL:
Claro
que sim, Portugal é um rali de que desfruto sempre. Disputei-o, a maior parte
das vezes, em Faro e a última vez que estive nesta região foi em 2019. É um
país onde as pessoas amam os ralis, as classificativas são boas e excitantes e
estou entusiasmado por fazer parte dele.
Testaste há duas semanas, como sentiste
o Puma na terra? Depois de completares três passagens pelo shakedown, tens uma
boa sensação com o carro? A equipa M-Sport Ford pediu-te alguma coisa em particular?
SL:
A
minha estratégia é que não tenho nenhuma. Vou tentar encontrar o ritmo e fazer
o melhor que posso. Sei que o primeiro dia será crucial, porque se não te
correr bem, terás uma má posição na estrada para o segundo. Vamos ver.
P:
Quais são os teus próximos ralis?
SL:
As
classificativas em Portugal, amanhã. Penso que o próximo será na Andaluzia!
Talvez o Quénia também.
CAMPEONATO
DO MUNDO FIA WRC2
Presentes:
Andreas Mikkelsen (NOR),
Toksport World Rally Team
Teemu Suninen (FIN), Hyundai
Motorsport N
Armindo Araújo (PRT)
P:
Andreas, já tens duas
vitórias este ano e lideras a categoria WRC2. Não quero colocar pressão, mas
será possível fazeres três em três?
AM:
Estou pronto para o
desafio que teremos pela frente. Portugal é um rali de que gosto imenso e fiz
esta prova ao longo de vários anos. Falhei a edição do ano passado por causa da
Covid. A última vez que corri aqui foi em 2018. Teremos um dia muito longo na
sexta-feira, sem assistência, e vai ser difícil pilotar rápido e, ao mesmo
tempo, ser inteligente. A competição no WRC2 este ano em Portugal é mesmo muito
dura e há vários pilotos que estão fortes. Temos de ser inteligentes porque
temos um campeonato para gerir e o objetivo é chegar ao final do rali. Claro
que também queremos ganhar. Fizemos um bom reconhecimento e tudo parece estar
bem, por agora.
P:
Dias
duros em perspetiva, só uma zona de troca de pneus na sexta-feira, sem
assistência intermedia e no sábado teremos uma longa secção de especiais. Este
evento é um grande desafio?
AM:
Completamente
e a escolha de pneus será crucial. Vai ser duro. Penso que conheço bem as
especiais de sábado e domingo, as de sexta-feira não conheço tão bem, mas
divirto-me sempre imenso aqui. Estou expectante para os troços de sábado e
domingo.
P:
Teemu, esta é a tua
primeira prova do ano no WRC2. Sentes-te bem por voltares e estás preparado
para Portugal? Foste o mais rápido no shakedown.
TS:
Tenho
comentado os últimos ralis para a televisão finlandesa. Gostei muito do carro
(hoje de manhã) e tivemos um bom teste, onde me senti muito bem no carro desde
a primeira curva, isso deu-me confiança. Claro que o carro ainda é novo. Temos
de melhorar e encontrar um equilíbrio entre mim e o carro.
P:
Portugal
tem sido um local agradável para ti. Qual é o teu objetivo este fim de semana?
TS:
Todos
os pilotos querem vencer. Se eu o conseguir ficarei feliz. Mas é importante
manter o foco no rali. A prova é dura na sexta-feira e temos de tentar não
correr demasiados riscos na sexta-feira.
P:
Armindo, tem sido um arranque de época
de sucesso para ti, tanto no Campeonato de Portugal como no Campeonato da
Europa. Qual é o objetivo nesta prova?
AA:
Estou
feliz por estar aqui. Apenas estou inscrito no Campeonato de Portugal e neste
momento estou na frente. Esta será a quarta prova do nosso campeonato e quero
um bom resultado. Este é o melhor rali do nosso campeonato, mas é uma prova
longa, onde normalmente me dou bem. Já corro no WRC há muito tempo e é bom
estar aqui novamente, ao lado destes pilotos.
P:
Há
vários pilotos bons nesta prova.
AA:
Aqui
estão os campeões todos. Para ser sincero, como só pontuámos para o Campeonato
de Portugal até sexta-feira, vou estar a ver os tempos dos meus adversários até
ao final dessa etapa, e depois posso andar um pouco mais à vontade.
P:
As
especiais de sexta-feira são noutra zona do que aquelas que tivemos no Rali de
Fafe. Na altura estava a chover, agora está seco e com sol. Quão difíceis serão
as condições na sexta-feira?
AA:
Completamente
diferentes de Fafe. São longe daqui e o tempo vai estar quente, teremos muito
pó e pedra. Temos de poupar um pouco o carro. Não há assistência intermédia,
por isso temos de ser inteligentes e tentar andar rápido sem destruir o carro.
CAMPEONATO
DO MUNDO FIA JÚNIOR WRC
Presentes:
Lauri Joona (FIN)
William Creighton (IRL)
P:
Lauri, ganhaste pela
primeira vez no Junior WRC na Croácia. Já regressaste à Terra?
LJ:
Sim,
é sempre bom voltar a pilotar o carro e ter a concorrência do Will (Creighton).
Podemos sempre melhorar se tivermos os outros pilotos como referência.
Este
tem sido um rali difícil para ti nos últimos anos. Qual é a tua abordagem este
ano? Qual é o maior desafio?
LJ:
Vai ser conservar os pneus e o carro.
Mas temos de ser rápidos na mesma, e não é fácil fazer as duas coisas.
P:
Como
te pareceram as especiais nos reconhecimentos?
LJ:
Parece-me
muito desafiantes. Está mais seco do que no ano passado. A sexta-feira vai ser
muito dura sem assistência intermedia. Temos mesmo de poupar os pneus e o
carro.
P:
Qual é o objetivo este fim-de-semana?
LJ:
Nos
Juniores é recolher alguns pontos. Esse é o nosso maior objetivo. Além disso,
queremos terminar sem problemas.
P:
Will,
estiveste aqui no ano passado com o Júnior WRC. O quão útil é voltar a um
evento do qual já tens experiência?
WC:
Foi
uma boa experiência no ano passado, mas tivemos alguns problemas mecânicos. O
andamento foi bom, para primeira vez aqui, e diverti-me. Os espectadores e os
fãs são mesmo entusiastas. Estou expectante para este rali. Tal como o Lauri
disse, as especiais são duras. Vai ser um desafio enorme, proteger os carros
vai ser mesmo complicado.
P:
A
natureza do Campeonato Júnior determina que haja pontos extra para as vitórias
em especiais. Isso é um fator para vocês, visto que não amanhã não há
assistência intermédia?
WC:
Eu
continuo a achar que teremos de atacar e tentar ganhar o rali, não apenas
chegar ao final de cada especial. Os pontos nas especiais serão importantes,
mas é importante encontrar um bom equilíbrio e escolher os sítios certos para
aumentar o ritmo sem destruir o carro.
P:
O Campeonato Júnior
fez-vos alguns testes de reflexos e capacidades antes do rali. Como é que
te saíste?
WC:
Foi
bom. Temos estes exercícios para melhorar os pilotos e foi interessante passar
por algo assim. Penso que foi bastante útil para os próximos ralis.
Estamos sempre na busca da melhor informação, tentamos sempre prevalecer a imagem e a informação escrita, tornando a leitura mais rápida e acessível a todos os leitores.
João Raposo
+351 913 353 070
jraposo-air@portugalmail.pt
Copyright © TouchMobile & Design 2017