A Renault perdeu um terço das suas vendas globais no primeiro semestre de 2020

A pandemia do Covid-19 e suas consequências para a indústria e o comércio fizeram com que o grupo Renault perdesse mais de um terço do seu volume global de vendas nos primeiros seis meses de 2020, para 1.256.658 unidades. Junho poderia, no entanto, começar um período muito mais dinâmico. 

Os resultados eram esperados, mas não escapam às previsões pessimistas: o grupo Renault anunciou um declínio de 34,9% de seus registros em todo o mundo no primeiro semestre de 2020, ou 1.259.658 unidades. 

É no Velho Continente que o grupo mais sofreu, com queda de 41,8% nas vendas nos primeiros seis meses do ano, para 623.854 unidades. Os resultados poderiam ter sido ainda mais dramáticos se a marca do diamante não tivesse podido confiar na renovação de seu Clio. A quinta geração estabeleceu-se como o modelo mais vendido em seu segmento na Europa durante o semestre, com 102.949 unidades. Na Europa, a Dacia viu suas vendas caírem quase pela metade (48%), para 161.334 veículos.

Fora da Europa, o grupo sofreu um declínio em vários mercados importantes. Na Rússia, seu segundo maior país em termos de volume, onde o grupo Renault é líder com uma participação de mercado de 30,2%, uma subida de 1,4 pontos, apesar de suas vendas terem caído quase 20%. Na Índia, o declínio atingiu 28,7% num mercado em retração de 49,4%, enquanto no Brasil, num mercado em retração de 39%, as vendas caíram 46,9%, principalmente devido à nova estratégia de melhorar a rentabilidade e reposicionar o preço dos veículos. Finalmente, na China, os volumes caíram 21,2% num mercado que caiu 20,8%.