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COMÉRCIO&INDUSTRIA- PIRELLI RECRIA

Sábado, 29 Agosto 2020 09:12 | Actualizado em Sábado, 25 Novembro 2023 13:06

PIRELLI RECRIA O CINTURATO CN54
PARA O MÍTICO FIAT 500

·       Este histórico pneu fará parte da gama Pirelli Collezione.

·       Destinado a um veículo que simboliza a mobilidade em massa como nenhum outro.


 A Pirelli recriou o Cinturato CN54 para o Fiat 500, um ícone da mobilidade na Itália e em grande parte da Europa. Este novo pneu fará parte da Pirelli Collezione, uma gama de pneus para automóveis fabricados entre os anos 1950 e 1980, que combina o visual clássico dos carros de então com a tecnologia moderna, sem sacrificar o comportamento e as características do produto original.

 

UM PNEU DE ALTA TECNOLOGIA

A Pirelli oferece o Cinturato CN54 no tamanho 125 R 12 para todas as versões do Fiat 500, em produção desde 1957. Este pneu, lançado em 1972, de construção radial, possui um desenho da banda de rodagem e das paredes laterais muito semelhantes ao original do modelo, mas conta com a tecnologia moderna dos dias de hoje. A linha Pirelli Collezione usa compostos atuais para aumentar a aderência e melhorar os níveis de desempenho em superfícies molhadas, garantindo assim altos padrões de segurança sem comprometer o estilo original.

 

Os pneus Pirelli Collezione contam com compostos modernos para aumentar a aderência e melhorar a resposta em piso molhado, garantindo os mais altos padrões de segurança sem comprometer o design e as características do produto original. Ao longo do programa de pesquisa e desenvolvimento, os engenheiros da Pirelli basearam-se nos mesmos parâmetros utilizados pela equipa responsável pela criação do veículo, para complementar as configurações do chassi e da suspensão de quando o modelo ainda não tinha chegado ao mercado. Nesse sentido, os documentos e os desenhos originais arquivados pela Fundação Pirelli, na sua sede em Milão, revelaram-se muito úteis.

 

COPROTAGONISTAS DA HISTÓRIA DO FIAT 500 DESDE O INÍCIO

O Fiat 500 foi apresentado em 1957 com as seguintes credenciais: 2,95 metros de comprimento, 479 cc, 13 CV de potência e uma velocidade máxima de 85 km/h. Na época, o modelo contava com pneus de tamanho convencional (125 12), o que permitia optar por diferentes opções: Cisa, os famosos Stelvio e Rolle, que também estavam ao dispor do seu irmão mais velho, o Fiat 600. A linha 500 cresceu com a chegada da versão D, apresentada em 1960. Esta opção seria a primeira a adotar o Pirelli Sempione, dotado de 'ombros seguros', flancos mais arredondados que melhoravam a resposta nas curvas. O 500 F seria apresentado em 1965, seguido pelo L em 1968, ambos equipados com pneus Pirelli de 12 polegadas. A família Cinturato já era grande o suficiente quando o Fiat 500 R viu a luz do dia em 1972, pelo que o CN54 se juntou às opções do P lunga no tamanho 125 R 12. Este é, precisamente, o pneu que a Pirelli recuperou para os proprietários deste carro icónico. O CN54, por sua vez, derivou da experiência da marca no mundo dos ralis. Utilizava, por exemplo, a mesma banda de rodagem do CA67 - que tornou o Cinturato famoso em todo o mundo, devido à sua estrutura com cintas que aumentava o conforto e a vida do pneu.

 

 

PIRELLI COLLEZIONE, HISTÓRIA NA ESTRADA

A gama Pirelli Collezione procura contribuir, do ponto de vista dos pneus, para a preservação da história automóvel e cumprir um duplo propósito com os seus produtos: manter a fidelidade do aspeto e a sensação ao volante das versões originais, ao mesmo tempo que implementa melhorias ao nível da segurança e da eficiência, graças ao uso de tecnologias e processos de produção modernos. A linha inclui os seguintes produtos: o lendário Stella Bianca, apresentado mundialmente em 1927, o Stelvio (recuperado em 2018 para fornecer exclusivamente o Ferrari 250 GTO, o carro mais caro do mundo), o CA67 (1955), o CN72 (1964), o CN36 (1968), o CN12 (1968), o Cinturato P7 (1974), o P5 (1977), o P Zero (1984) e o P700-Z (1988).

 

Durante os processos de desenvolvimento destes pneus, os engenheiros da Pirelli baseiam-se nos mesmos parâmetros que os criadores dos carros utilizaram nas suas épocas, mas acrescentam o know-how e a experiência ao nível dos materiais e processos de produção atuais. O resultado é um compêndio de desempenho, estilo e autenticidade. As imagens, os planos e outros materiais fornecidos pela Fundação Pirelli têm sido uma parte essencial do processo. Os arquivos da entidade preservam todos os tipos de documentos ligados ao design, desenvolvimento e produção de cada pneu Pirelli ao longo dos anos, incluindo certificados de homologação, design de moldes, estudos realizados sobre as bandas de rodagem, resultados de testes em laboratório, estrada ou circuito, além de listas de preços e catálogos.

 

PIRELLI CINTURATO: SEGURANÇA E TECNOLOGIA DESDE OS ANOS CINQUENTA

Há setenta anos, os engenheiros da Pirelli colocaram à prova o primeiro protótipo de um pneu inovador que acabaria por dar vida a uma família inteira de produtos. Embora ainda não se chamasse Cinturato, a sua banda de rodagem escondia uma verdadeira revolução para o setor. Houve poucas mudanças radicais na história dos pneus, mas sem dúvida uma das mais importantes foi a introdução da construção radial, que a Pirelli desenvolveu utilizando reforços têxteis e metálicos. O “fabuloso novo pneu com um cinto de segurança incorporado” - uma descrição literal do departamento de marketing da Pirelli na época - equiparia os carros mais importantes da sua era. O pneu '367' foi a escolha de fabricantes como a Lancia, e a sua evolução, já com o nome Cinturato, chegaria aos carros mais desejados do planeta. A Pirelli inventou o conceito de pneu desportivo para as estradas com a apresentação dos Cinturato CA67, CN72 e CN73 - encarregados de fornecer a máxima aderência aos supercarros do momento, como o Ferrari 250 GT e 400 Superamerica, o Lamborghini 400GT e o Miura, e o Maserati 4000 e 5000.

 

Em meados dos anos setenta, chegaria a segunda grande revolução da família Cinturato: o Cinturato P7, projetado para competir em ralis em geral e para o Lancia Stratos em particular. Este pneu incorporou inovações nunca antes vistas, como a cinta de nylon de zero graus e, acima de tudo, um perfil ultrabaixo. A sua utilização nos modelos de estrada ocorreria ao lado de modelos como o Porsche 911 Carrera Turbo, o Lamborghini Countach ou o De Tomaso Pantera. O P6 seria o seu herdeiro, um produto menos desportivo, mas com uma gama mais ampla de aplicações potenciais. De seguida chegaria o P5, criado especificamente para a Jaguar, um fabricante que havia solicitado à Pirelli um pneu que fosse o mais silencioso possível e que colocasse ênfase no conforto de condução. Na década de oitenta seriam revelados o P600 e o P700, sucessores do P6 e P7, respetivamente. Entre as suas principais características estavam melhorias notáveis relacionadas com a segurança, principalmente em piso molhado e no comportamento durante as curvas. Chegados os anos 90, o P6000 e o P7000 foram lançados e levaram as melhorias mencionadas mais além. Alguns anos antes, os engenheiros da Pirelli haviam arquitetado outra revolução técnica, revelada pela primeira vez no brutal Lancia S4 rally. Tamanha “bomba” exigia pneus personalizados capazes de lidar com a alta potência do seu motor, um trabalho que acabou por dar lugar ao P Zero, mas essa é outra história.

 

O Cinturato P7 voltou ao mercado em 2009, focando a sua proposta na redução do consumo de combustível, na redução da emissão de poluentes, na utilização de materiais ecológicos e melhorias ao nível da manobrabilidade e travagem. A família Cinturato cresceu com a incorporação das versões de inverno (Winter) e All Season, que, ao dia de hoje, somam mais de 400 homologações. Daí se deduz a preferência dos fabricantes de automóveis pelo Cinturato P7, graças também à sua capacidade de responder às últimas tendências do setor automóvel. O facto é que este produto tem evoluído de forma rítmica com as últimas novidades incorporadas nos veículos mais recentes: sistemas eletrónicos sofisticados, sistemas de assistência à condução e motores híbridos ou elétricos. Hoje, o Cinturato P7 continua a construir a sua própria lenda e, a sua última versão, lançada este ano, já acumula 60 homologações. Mas, acima de tudo, mostra dois princípios essenciais que marcaram o seu desenvolvimento desde os anos 50 até à atualidade: segurança e eficiência.


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