Novo estudo que inclui todos os vetores incluídos desde o fabrico do carro afirma que sim, se dúvidas houvesse.
Um novo
estudo da Universidade de Tecnologia de Eindhoven vem esclarecer o grau de poluição dos veículos elétricos e conclui sem sombra de dúvidas que os elétricos poluem menos que os veículos com motores de combustão, considerando todo o ciclo do veículo.
O estudo começa por apontar os erros de estudos anteriores e explica porque é que os carros elétricos emitem muito menos gases poluentes ao longo da vida do veículo dos que os automóveis a combustão.
O novo estudo da Universidade de Tecnologia de Eindhoven vai mais longe e indica que os elétricos, mesmo tendo em conta todo o ciclo de produção, acabam por ser bastante mais limpos que os carros a combustão.
Em relação a estudos que indicam o contrário, Auke Hoekstra e Prof Maarten Steinbuch, os autores do novo estudo, apontam que alguns dos erros básicos cometidos:
- Tais estudos exageram as emissões poluentes resultantes da produção de baterias;
- Subestimam a longevidade das baterias;
- Assumem (quase sempre) fontes de energia poluentes para a produção de eletricidade;
- Usam dados de laboratórios pagos por alguns fabricantes;
- E ignoram todas as emissões de todo o processo de produção de combustível.
O estudo apresenta um quadro que compara as emissões de CO2 de carros elétricos e convencionais, e os resultados não podiam ser mais claros: um Volkswagen eGolf, por exemplo, emite 54% menos CO2 ao longo da sua vida útil do que um Toyota Prius 1.8, compensando o custo ecológico da bateria ao fim de 28 mil quilómetros.
Noutro exemplo, um Tesla Model 3 emite 65% menos CO2 do que um Mercedes-Benz C 220d, compensando a bateria ao fim de 30 mil quilómetros.
Já na comparação entre um Bugatti Veyron e um Porsche Taycan S, o estudo aponta que os resultados são ainda mais diferenciados: o Porsche emite menos 82% de CO2 e compensa a pegada ecológica da bateria ao fim de 11 mil quilómetros…
O estudo indica ainda que os resultados foram obtidos sem ter em conta a reciclagem ou reutilização das baterias – tal poderia melhorar ainda mais os valores, mas por serem difíceis de quantificar, não foram considerados.