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COMERCIO&INDUSTRIA - COMO É QUE O BIG DATA

Sábado, 19 Junho 2021 11:09 | Actualizado em Sábado, 16 Dezembro 2023 07:43

Como é que o big data contribui para melhorar a segurança rodoviária?

Os carros conectados geram dezenas de gigabytes de dados todos os dias para melhorar as infraestruturas.

Ao conduzir um automóvel conectado, geramos anonimamente dezenas de gigabytes de dados todos os dias. Chegam dos seus numerosos sensores e componentes eletrónicos, tais como o controlo de tração, controlo de estabilidade, a câmara frontal ou os radares. Dados que, somados aos do resto dos veículos, ajudam a localizar, por exemplo, os pontos das estradas de toda a Europa que precisam de ser reparados. Como? A equipa do novo SEAT Data Office é responsável pelo armazenamento e processamento deste grande volume de informação: "através da sua análise podemos detetar casos de utilização que ajudam todos os cidadãos, especialmente em termos de segurança, que é o que mais nos apaixona", assegura Carlos Buenosvinos, um dos seus responsáveis. 

A viagem dos dados. Ao pisar no acelerador ou ao subir e descer uma janela, as unidades eletrónicas que as controlam, emitem sinais que são enviados para um servidor na Cloud, através de uma ligação 4G. "O primeiro desafio para a equipa do Data Office é armazenar estes grandes volumes de informação. Depois temos algoritmos, técnicas matemáticas e estatísticas para os processar e tirar conclusões", refere Carlos Buenosvinos. Tudo com base em dados anónimos. "É-nos impossível saber que veículo ou que pessoa está por detrás dele. Na verdade, o que nos interessa são dados genéricos que falam de tendências nas condições das estradas", declara Carlos Buenosvinos.  

Observadores na linha da frente. Dados do controlo de tração, controlo de estabilidade, travões e temperatura dos nossos veículos informam-nos sobre todas as condições que afetam o contacto dos pneus com a estrada, desde a acumulação de água, gelo ou neve a pavimentos partidos ou desgastados. "Com toda esta informação contribuímos para a geração de mapas de atrito à escala europeia, que podem ser partilhados com serviços de navegação que alertam os condutores para potenciais perigos na estrada ou com operadores de infraestruturas que os utilizam para assegurar o bom estado da rede rodoviária", explica Víctor Monserrate, que também dirige o SEAT Data Office. "Não só reagirão mais rapidamente, como o farão de forma mais eficiente, uma vez que não necessitarão de percorrer constantemente as estradas em busca de incidentes", acrescenta. 

Dados que iluminam. A análise de toda a informação proveniente dos sensores de luz pode identificar as estradas que são demasiado escuras. "Se somos capazes de saber onde está um veículo, a que horas do dia e que quantidade de luz incide sobre ele, saberemos onde é necessário melhorar a iluminação da estrada, informação que podemos fornecer às entidades competentes, promovendo assim a segurança rodoviária", refere Carlos Buenosvinos.

Um ambiente controlado. Os dados das câmaras frontais e dos sensores fornecem informações em tempo real sobre a disponibilidade de lugares de estacionamento na rua, o fluxo do trânsito ou se existe um obstáculo na estrada, informações que são muito úteis para a navegação e serviços de emergência. Outro exemplo é a deteção de sinais de trânsito. Se o automóvel não se apoiar apenas na sua câmara, mas também nas de outros veículos e se coordenar com a informação histórica, poderá saber que num ponto específico existe, por exemplo, um STOP ou uma linha contínua, mesmo que nesse momento, por qualquer razão, não seja visível. "À medida que avançamos para níveis mais elevados de condução autónoma, teremos de assegurar o dobro, triplo ou quádruplo da certeza de que temos um controlo perfeito de todo o ambiente", assinala Víctor Monserrate.

O futuro chega em dados. Para Víctor Monserrate, o desafio é passar a tratar os dados como um ativo, com valor em si mesmo, em vez de os tratar como um meio. "Com a chegada dos veículos autónomos e do 5G, a geração de dados aumentará exponencialmente e com isso o valor que podemos extrair sob a forma de novos produtos e serviços", assegura. "Quanto mais informação tivermos, mais perto podemos estar dos nossos clientes". "Iremos compreendê-los melhor e podemos ser muito mais sensíveis às suas necessidades e motivações", acrescenta Carlos Buenosvinos.  

Um horizonte de projetos. A análise de dados do automóvel conectado é apenas um dos campos em que o novo SEAT Data Office está a trabalhar. Esta equipa multidisciplinar está também a trabalhar na otimização das operações da empresa através da análise dos dados geridos por mais de 1.000 sistemas informáticos. "O nosso objetivo é utilizá-los para melhorar os processos internos, reduzir custos, definir estratégias futuras e conceber novos modelos de negócio", explica Víctor Monserrate. "A longo prazo poderemos tirar partido de todo este conhecimento para contribuir para uma sociedade melhor e um ecossistema industrial mais produtivo", conclui Carlos Buenosvinos.



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