DISCURSO DIRECTO COM JOSÉ CARLOS PIRES
ANTES DE ENTRAR EM PISTA, NORMALMENTE MEDITO, REZO E BENZO-ME, palavars de José Carlos Pires, o Campeão de Caterham em 2017
Aqueles que acompanham o nosso automobilismo de perto, o nome de José Carlos Pires, poderá não significar muito à primeira vista, mas é puro engano, pois é um dos mais válidos pilotos portugueses, e em 2017 foi o Campeão nos Caterham, uma competição monomarca que reuniu em pista mais de meia centena de carros repartidos por duas categorias, por sinal muito competitivas, onde a luta pela liderança é uma constante, e onde os dotes de condução vêm ao de cima.Campeão em 2017, a primeira questão que colocamos ao nosso convidado de hoje, foi para nos fazer uma balanço da época, o que começou logo por nos dizer “ a época não começou da melhor forma, pois o carro, ao contrário dos meus adversários, não era novo, e acabamos por nos debater com um problema na afinação do chassis, que é dificil, e um motor que teve de ser mudado, pois o carro pura e simplesmente não tinha andamento….Acabamos por ganhar a corrida de Vila Real, pois é um circuito citadino com caracteristicas muito próprias.Depois só em Portimão o carro voltou a estar estar em boas condições de nos podermos bater pela vitória, algo que felizmente aconteceu.No Estoril foi a ultima corrida, onde costumo ser forte….faca nos dentes…e ganhamos “.Mas não se pense que foi uma época fácil, “ bem pelo contrário bem dificil, pois o carro não estava inicialmente nas melhores condições e tive adversários dificeis e muito competitivos.”
A escolha do Troféu Caterham teve uma razão lógica como nos explicou “ para todos os efeito é a competição automóvel com a grelha de largada mais preenchida em Portugal.É um troféu super-competitivo, e o carro dá muito gozo de guiar, pois é rápido, tem caixa de velocidades sequencial, em suma é como um kart em tamanho grande”.Sendo um “kart em tamanho grande”, quisemos saber se nos limites é um carro que se consegue ir buscar, e se já houve algum susto, o que depois de pensar um pouco disse-nos “ penso que quem tem como hábito de guiar este tipo de carros, tem facilidade em ir buscá-lo.Em relação a sustos, já apanhei um ou outro susto, pois para todos os efeitos anda-se muito perto de roda com roda, e já tive uns mini voos…….”
Sobre o seu passado pedimos um resumo, que logo afirmou, “ começei no kart com oito anos de idade, tive o meu primeiro kart de competição aos 11 anos de idade, fiz o meu primeiro trofeu de katr em 1994 em Baltar, repetindo em 1995 e 1996, para além do Campeonato Livre 125 em 1997 e 1998 em apenas algumas provas.Depois segui-se o Troféu Toyota Starlet em 1999, Nacional de Velocidade, e por aí adiante até aos dias de hoje”
Quais as
pistas de maior e menor agrado, o que depois de meditar um pouco disse-nos “ O Estoril é uma pista onde tenho boas
recordações e vitórias em várias categorias.Também gosto de Portimão.Fora de
Portugal, gosto muito de SPA na Bélgica, pois é para mim uma pista espectacular
com subidas e descidas, curvas rápidas, mas também gosto de Jarama situado nos
arredores de Madrid em Espanha.”Sendo um piloto de pista,uma participação
em prova de Montanha, segundo o nosso interlocutor “ para ser franco nunca pensei nisso, talvez um dia”.Sobre um carro
para a Montanha acrescentou “ penso que
um Caterham será competitivo para a Montanha com pneus slicks”. Sobre o
nosso automobilismo em Portugal “ sou de opinião que não há muitas alternativas
para correr na velocidade em Portugal…há
mesmo muito poucas se retirarmos os clássicos”.
Para se poder correr tem de haver apoios, e segundo José Carlos Pires “ para já tenho o apoio da empesa com quem trabalho que é a Kaizen Institute, mas nesta altura estou em negociações com outras empresas “.
Antes de entrar para o carro, há algum ritual a ser cumprido “ tenho, normalmente medito, rezo e benzo-me antes de entrar em pista”Depois disso o que vai na mente, quando se vai a fundo ao volante do Caterham, o que logo retorquiu “ sempre fui muito competitivo em tudo o que participo.Adoro corridas, e adoro andar na frente e ganhar.Na minha mente estou sempre a pensar como arrancar bem, ultrapassar, ganhar…e nas corridas estou sempre muito concentrado, e não consigo baixar o ritmo normalmente “Uma carreira além fronteiras “ talvez este ano, pois sou capaz de fazer uma prova em Valencia ou Motorland num Maserati, mas isso é um projecto que ainda está por confirmar “
Entrevista de João Raposo - www.velocidadeonline.com
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João Raposo
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