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DIVERSOS - HOJE CONVERSAMOS - PEDRO MONTSERRATE LOPES - FOTÓGRAFO

Segunda, 22 Março 2021 11:49 | Actualizado em Sexta, 26 Janeiro 2024 07:26

HOJE CONVERSAMOS

 

PEDRO MONTSERRATE

 

“São os ralis, porque sou verdadeiramente apaixonado pela disciplina”, palavras ao www.velocidadeonline.com

 

Na nossa rubrica hoje conversamos, trazemos até à nossa página mais uma figura que tal como outros fotógrafos e jornalistas estão no anonimato, e assim para mostrar um pouco de quem fotografa  nas provas portugueses, hoje trazemos mais um convidado originário de Leiria, que não está assim há tanto tempo a fotografar provas de automobilismo nas diferentes disciplinas. Assim para dar início à nossa entrevista de hoje, começamos por perguntar ao nosso entrevista para nos falar um pouco dele, o que logo nos disse “Eu sou o Pedro, sou de Leiria, a fotografia faz parte da minha vida desde que me conheço, tendo terminado a minha formação no instituto português de fotografia em 2010. Tenho 34 anos e sou um enorme apaixonado pelo desporto automóvel. “ A forma como chegou foi logo explicada “ Como respondi anteriormente, a fotografia faz parte da minha vida há largos anos. Sempre me fascinou, e chegou uma altura que quis aprender a magia por trás da mesma, decidi seguir por aí a minha formação. Tive uma rápida passagem, em regime de estágio, pelo CM após o curso, fiz fotografia de estúdio, durante muitos anos fiz - e continuo a fazer - da fotografia de paisagem o meu trabalho de autor. Mas acompanhava os ralis na minha zona e o nosso Rally de Portugal e a câmara andava sempre comigo. Surgiu em 2019, quase por sorte, a oportunidade, a qual agradeço do fundo do coração, do Dr. Amândio Santos, de fotografar o Leiria Sobre Rodas e a partir daí fotografei vários ralis e rampas como parte do projecto VMotores.” Com esta carreira, para já não muito longa, quais os pontos altos, o que depois de pensar disse “Ainda estou há pouco tempo no desporto motorizado mas fazer parte da equipa oficial de comunicação do Campeonato de Portugal de Montanha é um motivo de orgulho e espero ter contribuído de forma positiva pela promoção da Montanha. É uma disciplina apaixonante, com um espírito inacreditável.”  E sustos já apanhou no desempenho do seu trabalho como jornalista / fotógrafo? Conte-nos o que lhe aconteceu “Existe, obviamente, um risco associado ao desporto motorizado. Todos os intervenientes têm essa consciência e é positivo que o tenham. É essa consciência que nos permite ter conhecimento e saber onde podemos estar ou não, não obstante da imprevisibilidade. Até hoje, não apanhei nenhum susto no desporto automóvel. No CM, apanhava todos os dias, quando ia fotografar para algumas zonas de Lisboa. “

 

Para fazer a preparação duma prova em que vai trabalhar, quanto tempo necessita para organizar tudo dizendo logo “Durante a semana anterior à prova estudo cuidadosamente os troços, seja no Google maps, no Rally maps, procuro os locais onde acho que conseguirei boas fotografias. Tento sempre evitar locais onde sei que estarão outros colegas mas entendo que há locais onde temos que estar todos. Uma reportagem do Rally Serras de Fafe sem fotografias do Salto da Pedra Sentada nem sequer me faz sentido. Mas, dependendo da disponibilidade, porque não faço só fotografia de desporto motorizado, procuro na semana anterior à prova conhecer tudo sobre a mesma. Também vejo vídeos e fotografias de edições anteriores. “ Em termos de material está a trabalhar  com quê na actualidade, “Utilizo actualmente duas câmaras. Uma Nikon D7500 na mão e uma D300s no tripé, a disparar remotamente. Tenho três objectivas, uma Tokina 11-16, uma Tamron 17-50 e a minha máquina de guerra, a Nikkor 80-200.”

 

Qual a sua opinião na evolução das máquinas fotográficas nas duas ultimas épocas “De momento, não é algo que esteja atento. Estou satisfeito com o material que tenho e o que existe de evolução, nomeadamente no que diz respeito ao mirrorless, não é algo que me atraia minimamente. Sempre fui da opinião que o material não faz o fotógrafo e não me sinto limitado pelo material que tenho. “

 

 Na sua opinião o que acha do nosso automobilismo desportivo em todas as vertentes? Acham que tem evoluído?  Acha que se está no bom caminho?  Podia-se fazer mais, o que logo comentou-nos “O nosso automobilismo tem evoluído, no geral. Nos últimos anos tivemos pilotos com imenso sucesso lá fora, falar de João Barbosa, António Félix da Costa, Filipe Albuquerque, Tiago Monteiro, Pedro Lamy, há uns anos no TT com Carlos Sousa, nos ralis com Armindo Araújo... falar do sucesso destes pilotos é falar da evolução do automobilismo português. Falar do automobilismo em Portugal é diferente. Percebo que exista uma imagem associada a determinados pilotos, e falo dos ralis que é a modalidade que mais acompanho, mas já tivemos enormes valores a desaparecer por falta de apoios e as grandes empresas apoiam os mesmos pilotos há décadas. São apostas seguras, com retorno e nos últimos anos proporcionaram verdadeiros super campeonatos, principalmente após o regresso de Armindo Araújo e de Bruno Magalhães. Mas era importante uma injecção de juventude nos ralis em Portugal, capaz de lutar contra estes consagrados, porque quando esta geração decidir pendurar o capacete e as luvas...” Dentro do automobilismo quais as disciplinas que mais gosta de fotografar, e porquê, “São os ralis, porque sou verdadeiramente apaixonado pela disciplina. Mas espero durante 2021 fotografar um pouco de tudo. Quero experimentar o TT, a velocidade... “

 

O  que lhe vaio no seu pensamento quando está a fotografar uma prova , o que depois de reflectir um pouco logo afirmou “Que estou onde gosto de estar, a nível profissional. Acima de tudo, é isso.” Sente-se  emocionado quando vê uma corrida e está a fotografar a mesma?  Tem assim algum episódio que nos possa contar …”Claro que sim. A paixão pelos desportos motorizados está-me no sangue, se não me sentisse emocionado com os motores, os cheiros, o dançar dos carros, provavelmente faria, como faço, fotografia de estúdio, de comida, de paisagem, e deixaria o motorsport. É daquelas coisas que faço com o mesmo profissionalismo que aplico em tudo na minha vida, mas também o faço com emoção e com entusiasmo que vem da paixão que tenho pelo motorsport. Se o entusiasmo acabar...! Em relação a episódios, eu acho que não há nada em concreto. Apenas que quem me acompanha, vê que me sinto quase como uma criança numa loja de doces.” Para quem se está a iniciar na fotografia e no jornalismo que conselhos gostaria de dar, “É difícil, mas eu acho que quem tem a paixão, deve levá-la até onde for preciso, até onde puder. Luto muito pela minha vida profissional na fotografia. Não é fácil. Nada fácil. Mas acima de tudo, dediquem-se, estudem, aprendam tudo sobre técnica, sobre iluminação, sobre pós produção... vale a pena e é um mundo apaixonante!” º E as condições de trabalho nas nossas provas são boas? Qual a sua opinião ? e na sua opinião o que poderia ser feito para melhor estas mesmas condições de trabalho, o que logo sem perder tempo disse “Não tenho razões de queixa. Sabemos que nós levamos com frio, com calor, com chuva, com pó. Eu nunca levei, mas também com granizo e neve. É a paixão. Não tenho razões de queixa. Faz parte. “

 

Acha que a atribuição dos Media FDPAK deveria ser mais  controlado, de forma  a diferenciar os profissionais dos amadores de fim de semana , o que para terminar a nossa conversa de hoje “Não tenho uma opinião acerca disto. O meu primeiro ano de Media FPAK foi 2020 e O "colete" foi-me atribuído através da VMotores. Tirando o que ouço falar, não me inscrevi como freelancer na primeira vez para atestar a facilidade ou dificuldade em obter a Media FPAK.”

 

 

ENTREVISTA DE JOÃO RAPOSO

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