HOJE CONVERSAMOS
LUIS PICKSELL - "PICK PREGO A FUNDO"
“ o desporto automóvel é perigoso e
confesso que já apanhei alguns sustos., PALAVRAS DO NOSSO ENTREVISTADO DE HOJE
Pertence a uma nova geração de fotógrafos de automóveis, e
que movido pela paixão, acaba por se tornar uma presença assídua em diferentes
provas de Montanha, e uma vez por outra em ralis. E assim o nosso entrevista,
começou logo por se apresentar, dizendo “O meu nome é Luís, 33 anos, sou natural do Caramulo, terra caracterizada
pelos automóveis clássicos do Museu, e por ser palco da passagem de várias
provas de importantes campeonatos no panorama nacional do desporto automóvel ao
longo dos anos. Ao crescer a assistir a todas essas provas desde miúdo, cresceu
em mim uma paixão pelas diversas modalidades, com especial foco nos campeonatos
de Montanha e nos de Ralis. A arte e vários hobbies fazem parte de mim. Desde o
desenho, manual/gráfico, a fotografia e o vídeo. 2-como dito anteriormente,
cresci a assistir à passagem de provas como o Rally Dão Lafões, a Rampa do
Caramulo, o meu Pai foi uma grande influência, porque me levava a assistir a
algumas provas. Anos mais tarde quando tirei a carta, comecei a ir a mais provas, com mais regularidade, com
amigos, ou sozinho. A fotografia apareceu já no tempo da escola básica, em que
um clube de fotografia e vídeo me despertou o interesse. Ainda em miúdo os meus
pais ofereceram me uma modesta Sony cybershot digital, a minha primeira câmara.
Em 2015 já a trabalhar juntei dinheiro
e aí a compra de uma máquina fotográfica com mais qualidade. Comecei a registar
as provas, ainda com pouco conhecimento sobre a fotografia, ângulos, e toda a
tecnologia da câmara. Deu se a ideia de criar uma página em que podia partilhar
as fotos que tirava. E desta forma divulgando a modalidade também. A página
nestes anos tomou alguma visibilidade e tem sido constante o processo de
aprendizagem, para o qual não posso deixar de agradecer a colaboração e a
partilha de conhecimento de alguns colegas da fotografia, os profissionais! Alguns deles, como o .João Raposo, do site
VelocidadeOnline.com , o António Silva da Zoom Motorsport deram me excelentes
oportunidades de colaboração em trabalhos de reportagem fotográfica, que me
deram alguma promoção, e permitiram me crescer e chegar mais longe. Tenho
também como influência, fotógrafos de longa carreira, alguns deles que já não
acompanham as modalidades como o amigo Armindo Cerqueira do Foto GTI, e o
Malogrado Alberto Ferreira (Ed), serão sempre uma forte fonte de inspiração” Embora a carreira seja ainda curta, quisemos saber
alguns pontos altos quando fotografa, o que logo replicou “. o ponto mais alto é antes de tudo, poder
acompanhar e fazer parte da divulgação da emoção da competição, principalmente
no Campeonato Nacional de Montanha e também, não menos importante as amizades
que se fazem ao longo destes anos. Nunca se está sozinho.” Para preparar uma prova, quanto tempo
necessita o que logo disse “ geralmente, pelo menos no que toca a Ralis,
preparo com alguma antecedência, quais os troços que vou assistir e os locais
que vou fotografar. Percorro os troços no Google maps vendo as ruas ao detalhe
através do Google Street View. preparando os acessos. As baterias da câmara e
todo o material a levar é feito normalmente dois dias antes. O ideal é estar tudo preparado com
a devida antecedência. Em termos de
material fotográfico, disse-nos com o que está a trabalhar “ tenho uma câmara
Canon 70D com uma objectiva Tamron 150 - 600 Mais tarde investi numa Canon R
com objectiva 24-105, e tenho ficado
muito contente com a qualidade das fotografias e vídeo, muito bom. O objectivo será
comprar para esta câmara, uma objectiva 70 – 200 “ . Sobre o actual estado
do nosso automobilismo deu-nos a sua opinião ““ na minha humilde opinião,
apesar de que há muitos e bons eventos, que há um recheado e "luxuoso"
parque automóvel nas diversas modalidades, há ainda muito se a fazer, desde a
promoção de novos talentos, diminuição de valores de inscrição, passando a
haver mais inscritos, passando pela melhoria na segurança, têm havido acidentes
bastante graves em Portugal nestas últimas épocas, alguns deles com
consequências muito graves. Um que considero de todo evitável com alguma
facilidade, como um acidente recente no Rally Alto Tâmega com a má colocação
dos meios de Socorro num dos troços em frente a um gancho depois de uma zona
muito rápida, em que uma falha mecânica ou humana, ou no caso, um problema
técnico (falta de travões, como o piloto mais tarde reconheceu), saiu de
estrada e embateu em dois veículos de segurança do rali, carros dos bombeiros e
ambulância, daí resultando vários feridos, um deles, um bombeiro, mais grave.
São erros que devem ser analisados e têm de haver mudanças ou mais cuidado na
verificação da segurança da prova”. Em termos de categorias quisemos saber
para onde vão as preferências o que logo acrescentou “Ralis e Montanha são
as minhas disciplinas favoritas. Os Ralis é o facto de tentarem ser os mais
rápidos com condições idênticas, que passagens a reconhecer, o resto é ao
ataque em busca dos melhores tempos. A destreza, a técnica, e acima de tudo o
ambiente que se vive em torno dos Ralis. Os adeptos fazem autênticas "festas"
à beira da estrada, levando o farnel, a família para ir assistir à passagem dos
pilotos. A Montanha, como desde pequeno há a Rampa do Caramulo, a Montanha é
uma família. Há uma grande proximidade entre pilotos, equipas, mecânicos,
E o gosto pela fotografia nasceu “ acima de tudo pelo gosto pela fotografia e
Natureza. Sinto me livre, sinto me como que numa terapia. Abstraindo me de
tudo, do stress do dia a dia, aquela concentração para ouvir o aproximar do
carro a fotografar, estar atento a tudo o que acontece, mesmo no público, que
por vezes proporciona imagens muito engraçadas.” E emoções quando se está a
fotografar, “ sem dúvida alguma que me emociono, desde o piloto que mais
goste de fotografar, a pilotos da minha terra, ou principalmente certos carros mais
icónicos, como os WRC, Grupos B, Ford Escort MKII entre outros, essencialmente
o que mais me fascina são os clássicos. Ouvir o som do rugir do motor de um
carro de competição clássico a aproximar se pelo meio da Floresta, no troço que
se aguardava à umas horas com expectativa.. É impagável, emociona, mexe
connosco. Algo que não se explica, sente se. Nestes últimos anos assisti a
alguns acidentes bastante violentos, que me fizeram pensar e desses exemplos,
aprendi a reposicionar me para sítios mais seguros. Esses acidentes foram
ensinamentos para mim,” E quanto a sustos, já houve , o que logo disse “
o desporto automóvel é perigoso e confesso que já apanhei alguns sustos.
Para todos aqueles que têm paixão pelo
desporto automóvel e pela fotografia, que conselhos quer deixar “ para quem está a iniciar na fotografia. .
Existem centenas de vídeos no YouTube, em que explicam técnicas de fotografia,
treinar, experimentar ângulos novos. O empenho trás os seus frutos.”
Sobre as condições de trabalho com que
os fotógrafos se debatem qual a opinião “ As condições de trabalho, na minha curta
carreira, posso adiantar que não tenho grande razão de queixa. Adoro estar ao
ar livre, sinto me confortável na Natureza. Podia haver mais facilidade no
acesso ao Troço por parte dos veículos dos fotógrafos e restantes OCS, dado que
a estrada encerra uma hora ou mais antes do início da prova obrigando os fotógrafos
a madrugar. “ A nossa conversa já ia
longo e para terminar quisemos saber
junto do nosso entrevista se está de acordo com a atribuição Media FPAK, o que
logo nos disse “ penso que devem sim
controlar quem realmente divulga de forma sistemática e dá visibilidade ao
Desporto Automóvel e à Federação e não de forma esporádica. Pois de amador se
passa a trabalhos profissionais sem formação profissional. As oportunidades
permitem descobrir novos talentos na arte da fotografia, e se houver realmente
um bom trabalho e houver sempre comprometimento na responsabilidade pelo
portador da credencial, penso que deve ser cedida ainda que seja um Amador.”
Entrevista de João Raposo
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João Raposo
+351 913 353 070
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