No começo de
uma época onde comemora 20 anos de carreira Pedro Lança deslocou-se à foz do
Rio Sado para um evento que marcou o arranque do Campeonato de Portugal Legends
de Montanha, onde a sua condução fez a diferença numa competição onde
pontificavam máquinas mais poderosas.
Logo no
primeiro dia da prova do Clube de Motorismo de Setúbal o piloto alentejano
mostrou ao que ia e dominou as duas primeiras subidas. Mas infelizmente um
problema mecânico no Citroën Saxo impediu a sua presença na derradeira subida
da jornada. O que foi aproveitado pelo seu adversário direto. Apesar desse
revés, Pedro Lança não voltou a cara à luta, e tudo fez para regressar melhor e
mais forte para a segunda jornada.
Apesar de
condicionado por não ter concluído a jornada de sábado, o piloto de Sines
lançou-se ao ataque nas duas oficiais de domingo e pura e simplesmente “cravou”
um novo recorde entre os Legends, terminando a prova com 7,7 segundos de
vantagem sobre o seu adversário mais direto. O que naturalmente deixou Pedro
Lança satisfeito com o resultado, ainda por cima valorizado pelos problemas da
véspera.
“A prova correu
bem apesar dos problemas de sábado. Dei sempre o máximo e a prova disso é a
diferença de 2 segundos entre a melhor e a pior subida de todo o fim de semana”, começou por
referiu o piloto alentejano em jeito de balanço.
Pedro Lança
não se dá por contente relativamente aquilo que ainda pode conquistar na presente
temporada: “Tenho consciência que ainda se consegue melhorar uma vez que
o carro vai com “setup” e pneus de rali, que representa um handicap face aos
pneus específicos para montanha. Talvez faça mais uma ou duas provas pois gosto
muito desta modalidade”.
Pedro Lança adianta,
no entanto, que os seus planos para este ano não ficam restritos ao Campeonato
de Portugal de Montanha, uma vez que essa disciplina tem para si uma limitação
geográfica. O piloto tem no seu calendário a participação nos ralis das Camélias
e de Lisboa, pontos altos da comemoração que quer fazer para assinalar as duas
décadas de competição.
“Só faria sentido o investimento se fosse para continuar o campeonato
o que infelizmente não está em equação dada a concentração a Norte da generalidade
das provas e também da falta de “sponsors”, explica. E
acrescenta: “No ano que comemoro 20 anos de ralis irei estar presente no
Rali Das Cameilas e também conto estar à partida do Rali de Lisboa”, explica
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João Raposo
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