A Williams anunciou hoje que foi vendida a um fundo de investimento americano, a Dorilton Capital, concluindo assim um processo lançado em maio para capitalizar a equipa e assim encontrar meios financeiros para recuperar a sua competitividade desportiva. A formação de Grove deixa assim de ser controlada pela família – como sucedeu nestes seus primeiros 43 anos de vida – mas vai manter o seu nome, esperando também beneficiar com a redistribuição das receitas na Fórmula 1 preconizado pelo novo Acordo da Concórdia. Recorde-se que estratégia de mercado foi lançada devido à situação financeira complicada em que se encontrava, acumulando grandes prejuízos, agravados pela situação de pandemia. A Dorilton Capital, uma sociedade sediada em Nova York, permitirá à formação de Grove tentar aproximar-se do que já foi – no seu currículo a Williams tem nove títulos de construtores, sete de pilotos e 114 vitórias na F1, sendo a terceira equipa mais bem sucedida do atual plantel da disciplina, logo atrás da Ferrari e da McLaren.

Claire Williams, a diretora da equipa, fala num “investimento flexível e paciente a fim de reforçar as estruturas”, sendo que o negócio, para além de permitir manter o nome, também preserva as estruturas. “Não está previsto nenhum projeto de deslocalização de Grove, a sua sede tradicional”, sublinhou a filha de Frank Williams, cujas inicias (FW) vão também continuar a designar os monolugares da escuderia britânica. Claire, que assumiu funções de chefia a pedido do seu pai em 2010, disse que “o exame estratégico foi um processo útil e provou que a Fórmula 1 e a Williams têm credibilidade e valor”, e que a aquisição da Dorilton hoje anunciada é o parceiro ideal para que a equipa possa explorar o seu potencial. “São pessoas que compreendem este desporto, o que é necessário para ser bem sucedido. Pessoas que respeitam a herança da equipa e farão tudo para que seja bem sucedida no futuro”, destacou.

A diretora da Williams refere também: “Como família sempre tivemos a nossa equipa em primeiro lugar. Conseguir novamente o sucesso e proteger os nossos colaboradores está no centro deste processo desde o começo. Talvez seja o fim de uma época para a Williams, como equipa familiar, mas sabemos que ela fica em boas mãos. A venda assegura a sobrevivência da equipa e, sobretudo, o caminho do sucesso”.

Texto de Nuno Costa / 5ª a Fundo / www.velocidadeonline.com