O acidente protagonizado por Antonio Giovinazzi e George Russell na 11ª volta do Grande Prémio da Bélgica fez neutralizar a corrida do passado domingo mas também levou os responsáveis desportivos pela Fórmula 1 a refletirem. O incidente deu-se quando o italiano da Alfa Romeo perdeu o controlo do seu C39 e embateu nos ralis, regressando ao meio da pista com o impulso, motivando o despiste do britânico da Wiliams. E aquilo que chama mais a atenção aos responsáveis da disciplina máxima do automobilismo foi o facto da roda traseira esquerda do Alfa Romeo se ter separado do resto do carro.

Recorde-se que em 2011 a FIA determinou que as rodas dos monolugares dos F1 ficassem presas por cabos de modo a não serem projetadas na eventualidade de um acidente. Cabos que de duplos passaram a triplos há dois anos. “Sim é uma preocupação”, admitiu o diretor de corrida da Fórmula 1, Michael Masi, que enfatizou: “ “Porque é que a roda se soltou? Não tenho a certeza a cem por cento. Desde que o carro regressou às boxes que as nossas equipas técnicas iniciaram um inquérito. Tiraram uma série de fotografias e temos todas as imagens disponíveis”.

Masi adiantou que técnicos e responsáveis de segurança vão cruzar informações para perceberem melhor a dinâmica do que se passou, pois “é preciso deixar as pessoas competentes terem um quadro completo sobre o acidente e a sua origem”. Do lado de George Russll ficou o susto, ainda que adiante: “Estou bem obrigado. Vi o Antonio embater na barreira. Tive um segundo para escolher se ia pela direita ou pela esquerda. Fui pelo lado direito da pista quando devia ter ido ela esquerda. Infelizmente um dos seus pneus soltou-se e embateu no meu carro”.

Texto de Nuno Costa / 5ª a Fundo / www.velocidadeonline.com