O DIA NA PISTA
Para a Pirelli, este foi um Grande Prémio muito colorido, precisamente a quatro cores, pois foram utilizados quatro compostos de pneus com as suas cores distintas– vermelho para o Macio, amarelo para o Médio, branco para o Duro e verde para o Intermédio. Todos desempenharam um papel importante numa corrida onde a pista alternou entre seca e molhada e com temperaturas que variaram cerca de dez graus, dependendo das condições meteorológicas.
A primeira parte da corrida foi dominada pelo Médio, utilizado por 17 pilotos, com a exceção de Ocon e Zhou, que optaram pelo Macio, enquanto Perez, que saiu da pitlane, escolheu o Duro. O C2 funcionou bem, tendo permitido aos pilotos andar a um bom ritmo e controlar as condições complicadas quando começou a chover. Além disso, o Médio ofereceu maior flexibilidade na escolha do momento para a primeira paragem nas boxes, dado que a ameaça de chuva já era sentida antes do início da corrida.
Depois foi a vez do Intermédio entrar em cena, quando chegou o ponto de transição. Leclerc e Perez escolheram trocar para este composto cedo e encontraram-se com um conjunto de pneus desgastados exatamente quando as condições da pista eram mais adequadas para a sua utilização, pelo que necessitaram de uma segunda paragem. Na parte final, todos os três compostos para piso seco competiram em igualdade de condições e foi interessante observar como, especialmente entre os líderes, os vários pacotes carro-piloto se sentiram confortáveis com diferentes compostos: Hamilton venceu com o Macio, Verstappen foi mais rápido com o Duro e Piastri demonstrou que o Médio podia ser muito competitivo no McLaren.
MARIO ISOLA, DIRETOR PIRELLI MOTORSPORT: