CAMPEONATO DO MUNDO DE RALIS FIA
Presentes:
1.º - Kalle Rovanperä (FIN),
Toyota Gazoo Racing World Rally Team
2.º - Elfyn Evans (GBR),
Toyota Gazoo Racing World Rally Team
3.º - Dani Sordo (ESP),
Hyundai Shell Mobis World Rally Team
Jari-Matti Latvala (FIN),
Team Principal, Toyota Gazoo Racing World Rally Team
Q:
Kalle,
parabéns. Mais uma vitória incrível e uma vitória sendo o primeiro na estrada?
KR:
De um modo geral, não esperava que esta semana fosse
assim tão boa. Foi uma surpresa para mim. Significa que fizemos um bom trabalho
à frente, na sexta-feira. Foi muito importante ter um bom dia na sexta-feira e
começar a lutar.
Q:
Em que
momento te apercebeste de que tinhas uma oportunidade real de ganhar?
KR:
Não pensei assim em momento algum. Quando estávamos atrás,
o plano era manter a pressão sobre o Elfyn e ver o que acontecia. Não pensei
realmente que pudéssemos aumentar mais a velocidade em relação ao que já
tínhamos feito. No final, tivemos alguns bons momentos e Elfyn estava a
ripostar duramente. Não foi fácil.
Q:
Três
vitórias nas últimas três provas e agora levas uma vantagem de 46 pontos no
campeonato para a Sardenha. Qual vai ser o seu objetivo agora?
KR:
Penso que o objetivo vai ser o mesmo que aqui,
apenas fazer um bom trabalho. Veremos quais serão as condições. Penso que a
Sardenha voltará a ser terra solta e talvez pior do que na passada sexta-feira.
As condições não foram muito más para nós conseguirmos vencer. Vamos ver como será quando conhecermos as condições.
Q:
Elfyn,
foi uma grande batalha este fim-de-semana com o Kalle. Deves estar orgulhoso da
tua velocidade e desempenho?
EE:
Não foi um mau fim-de-semana no geral. Teria
preferido que hoje tivesse corrido um pouco diferente. Mas inicialmente fiquei
contente com o carro e com o que fizemos. Provavelmente ainda nos faltam os
últimos poucos por cento para nos levar de volta para onde queremos estar.
Penso que um resultado forte era o que precisávamos depois de um mau começo de
ano da nossa parte. Mas ainda há trabalho a fazer.
Q:
Foi tão renhido.
Houve algum memento em que talvez pensasses que o rali estava ganho ou perdido ou
que talvez fosses demasiado cauteloso?
EE:
Não particularmente, qualquer segundo que se dê é
uma oportunidade perdida. Houve alguns deles durante o fim-de-semana. Hoje, o Kalle
foi muito forte e a sua velocidade permitiu-lhe ganhar aqui. Ele merecia ganhar.
Temos de voltar a tentar na próxima vez.
Q:
Sobes ao
quinto lugar no campeonato. Isso deve dar-te algo em que te possas sustentar
para o futuro?
EE:
É definitivamente um bom passo. Foi o primeiro rali
de terra com o novo carro e penso que a equipa mostrou que temos uma boa base de
partida. O carro foi bastante rápido e também fiável e permitiu-nos lutar até
ao fim sem problemas. Um grande obrigado à equipa por todo o trabalho de
preparação.
Q:
Dani,
voltaste à ação da WRC e que luta tiveste com «Taka» (Katsuta). Quão forte foi
a tua luta?
DS:
Honestamente, foi difícil todo o fim-de-semana. Os
carros da frente eram muito, muito rápidos e ao mesmo nível. O carro estava a
deslizar muito e lutei muito para o manter direito. Na última especial, o
«Taka» estava apenas dois segundos à frente e eu fiz o meu melhor e consegui vencê-lo.
Foi um fim-de-semana difícil.
Q:
Foi a
primeira vez que guiaste o 120o híbrido em competição. Quais foram as tuas
primeiras impressões e quanto mais tirarás dele quando o conheceres um pouco
melhor?
DS:
O chassis é agradável e é tão agradável de conduzir.
A forma de conduzir é diferente dos carros do ano passado. É preciso habituamo-nos
um pouco. É estranho, porque não se tem a potência o tempo todo e os pontos de
travagem são muito estranhos.
Q:
Obviamente
que este ano estás a partilhar um carro. Quando te veremos novamente?
DS:
Neste momento, é este rali e a Sardenha e depois
mais dois. Espero que a Catalunha e talvez a Grécia.
Q:
Jari-Matti,
uma excelente atuação da equipa. Deves estar muito orgulhoso de todos os pilotos?
JML:
Honestamente, muito, muito orgulhoso. Este foi um
resultado fantástico. Foi um 1-2 e estivemos muito perto de um 1-2-3. O «Taka» estava
a guiar muito bem. Mas, devo dizer, o Dani deu um belo impulso na última especial
e isso foi suficiente para conquistar um merecido terceiro lugar. É algo a
aprender para o futuro. O Kalle teve um desempenho realmente excelente, abrindo
a estrada, conseguiu conquistar a vitória. Não é algo que se pudesse esperar,
mas ele fê-lo. Foi realmente espantoso e o Elfyn, mais uma vez, teve um
desempenho muito sólido, com grande condução e sem erros. Penso que foi bom
para ele aumentar a confiança e talvez esteja a pensar que está um passo mais
perto de lutar pela vitória na Sardenha. O mais importante era que os carros fossem
fiáveis e não tivéssemos problemas.
Q:
Katsuta
tem um futuro tão brilhante. Ficou tão desapontado depois daquela fase final?
JML:
É difícil perder o pódio mesmo no final. Ele estava
em terceiro lugar na última especial. Se por experiência própria o que não
chegar ao pódio chegou ao pódio muitas vezes. O «Taka», no ano passado, também
fez um fantástico início de temporada, fez grandes progressos e conquistou um
pódio no Quénia. Mas depois teve um período muito difícil, na segunda metade do
ano, e tentou recuperar. Agora, depois de seis ou sete meses e de um período
difícil, teve uma oportunidade para o pódio. Mas o Dani foi um pouco mais
rápido este ele. Tenho a certeza de que ele vai aprender com isto e melhorar. Aumentar
o ritmo da próxima vez. Foi uma boa experiência.
Q:
O que
acha que é a força do novo híbrido Yaris?
JML:
Penso que os pilotos têm estado satisfeitos com o
carro e geralmente essa é a chave para que estejam confortáveis e que o carro
esteja a funcionar bem e possam forçar até ao limite.
Perguntas
dos jornalistas
André
Gonçalves (PRT), Record
Q:
Kalle,
tinhas uma vantagem de nove segundos antes da última especial, mas guiaste como
se estivesses atrás. O que pensaste sobre esse troço?
KR:
Não pensei realmente em nada de especial. Eu sabia
que o troço estava em boas condições e podia tentar ser rápido. Apenas fui em
frente e tive uma boa corrida, forcei bem e senti, no carro, que esta era a
velocidade a que podia ir, estar confortável e sem correr riscos.
Q:
Jari-Matti,
O Kalle tinha uma vantagem de nove segundos. Como te sentiste com ele a guiar
para vencer a Power Stage?
JML:
Basicamente, não é fácil abrandar quando estão dois
carros a lutar pela vitória. Eu disse que a equipa não dá ordens. Não queremos dar
ordens de equipa. Não é fácil de seguir. Além disso, há uma hipótese de os
rapazes cometerem um erro. Mas confio a 100% que eles sabem o que precisam de
fazer. Não quero interferir.
Q:
Kalle, o
que sentes sobre esta vitória em Portugal? É diferente? É especial? E para o Elfyn,
como está a tua confiança neste momento?
KR:
Não pensei realmente que fosse conseguir algo de
especial aqui. O Rally em Portugal é sempre especialmente agradável e as
classificativas são realmente agradáveis, o que todos reconhecem. Muitos fãs e
parece que todo o país é um grande fã dos ralis, aqui. Com certeza que é bom
ganhar aqui.
EE:
Precisava mesmo de um resultado forte aqui, para
começar a construir alguns pontos e para começar a ganhar algum impulso. Não
estou totalmente satisfeito com o fim-de-semana, mas é uma boa base para o
futuro.
Antonio
Rodrigues (PRT), Lusa
Q:
Jari-Matti,
disse depois da Croácia que este miúdo (Kalle) é um milagre. A minha pergunta
é: esta vitória foi outro milagre dele?
JML:
Penso o que posso dizer que não há ninguém na
história dos ralis com o seu percurso. Sabemos que tivemos grandes pilotos no
passado, Loeb e Ogier, que ganharam o rali ao abrir a estrada. Mas ninguém o
tinha feito antes na idade em que Kalle o está a fazer agora. Essa é a
diferença. Nunca se viu nada igual isto na história dos ralis. Um jovem a tipo
de nível de topo.
FIA WRC2 CHAMPIONSHIP
Presente:
1st - Yohan
Rossel (FRA), PH Sport
Q:
Yohan, que maneira louca
de ganhar um rali. Mas foi uma vitória muito renhida e acabou por ser especial
para si?
YR:
Não foi um rali fácil.
Quando digo que penso que foi uma pena para ele (Teemu) estou a ser honesto, e também
lamento pela Hyundai, mas, para nós e para o campeonato, foi bom, claro. O
segundo lugar não é um mau resultado, mas uma vitória é sempre melhor.
Honestamente, foi perfeito, mas estou um pouco surpreendido por ter ganho. Agradeço
à minha equipa e à minha federação por todo o apoio.
Q:
Sabemos
que tem um grande andamento no asfalto. Ficou satisfeito com o seu ritmo em
terra?
YR:
Passa-se
o mesmo do que com o asfalto, porque tenho a mesma experiência. No início da
minha carreira, andava em asfalto e tive a oportunidade de conduzir muito neste
piso, mas conheço muito bem os pisos de terra. Este ano, em Portugal, não tivemos
condições nada fáceis. Precisámos de trabalhar um pouco no carro para a segunda
passagem, mas é o mesmo para todos. Tenho de trabalhar um pouco mais nesta área.
Q:
Agora
que lidera o Campeonato WRC2, tem alguns adversários muito rápidos como Andreas
Mikkelsen e Teemu Suninen. Acha que terá uma oportunidade de lutar pelo título?
YR:
Claro, tenho um construtor
atrás de mim, uma boa equipa e ainda a federação. Penso que é esse o objetivo.
O carro funcionou muito bem e, no alcatrão, é muito forte. Na terra, ainda
precisamos de trabalhar. O momento é de conseguir algum ponto em algum rali no
início da temporada. Já sei que vou à Sardenha e a Ypres, mas não sei o que vai
acontecer na Estónia e no Quénia. Veremos.
FIA WRC3/JUNIOR CHAMPIONSHIP
Presente:
1st - Sami Pajari
(FIN)
Q:
Sami, foi um
fim-de-semana duro para o WRC3 Júnior. O que significa esta vitória num carro
do Rally3?
SP:
Foi
um rally muito duro para nós. Ficar atrás dos primeiros carros torna as etapas
realmente difíceis, em especial na segunda passagem. Mas tem sido, de facto,
surpreendentemente bom e eu estou realmente satisfeito com o meu desempenho e o
do carro também. Não tivemos quaisquer problemas técnicos. Podemos estar
realmente satisfeitos do lado mecânico, o que me permite antecipar um bom
campeonato. Se estou a lutar e à procura da vitória também preciso de estar
satisfeito.
Q:
Teve
uma condução completamente limpa durante todo o rali?
SP:
Bem,
tivemos alguns furos no segundo dia e na segunda especial de sexta-feira, mas conseguimos
mudar uma roda num minuto e meio. No momento, nem tudo parecia estar assim tão
bem. Mas eu ainda estava concentrado no rali e era apenas o início da prova,
pelo que tudo podia acontecer. Depois disso ainda fizemos alguns bons tempos e
fomos até os mais rápidos em algumas especiais e na sexta estávamos na liderança.
Com certeza, será uma boa história para contar.
Q:
Teve
dois ralis frustrantes para começar. Será que isto agora lhe dá confiança para
continuar?
SP:
Claro, tivemos azar na
Suécia e no rali seguinte. Por isso, o início foi realmente frustrante para
mim. Mas eu procurei concentrar-me no rali seguinte para tentar fazer o melhor
que pudesse. Sabia que seria uma lotaria aqui, mas desta vez, tudo correu
melhor e tivemos um pouco de sorte.
FIA WRC2 MASTERS CHAMPIONSHIP
Presente:
1st - Jean-Michel
Raoux (FRA)
Q:
Jean-Michel, parabéns
pela sua primeira vitória na Masters Cup desta temporada. Foi um rali difícil. O
que é que significou para si?
JMR:
É
muito especial para nós. Não são as mesmas condições que os outros pilotos, a
temperatura e o piso são muito difíceis para o condutor e para o carro. Para
mim foi espantoso, foi quase como um sonho.
Q:
Tinha uma grande
vantagem sobre o Fréderic no meio do rally, perdeu a superioridade e depois levou
a cabo um grande contra-ataque. Qual foi a história?
JMR:
Encontrámos
muito pó na primeira etapa e tivemos de parar constantemente, mas os ralis
também são assim. O segundo dia foi um pouco melhor, estava tudo bem e
estávamos na liderança, mas na última classificativa tivemos um furo e perdemos
cinco minutos. Esse momento foi especialmente difícil para nós. No dia
anterior, ainda pedimos aos comissários desportivos para verem uma etapa em
particular onde perdemos muito tempo e eles foram gentis connosco e
devolveram-nos dois minutos. Nessa manhã, ficámos 27 segundos para trás.
Depois, ontem à noite, tivemos um problema e levámos 10 segundos de
penalização. Mas o que importa é que para nós, acabou por ser um final muito
feliz.
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João Raposo
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