Quebra
de transmissão forçou abandono de Iago Gabeiras no Rali de Portugal
A dureza excessiva da etapa inaugural da prova, palco da
discussão de mais uma prova da Peugeot Rally Cup Ibérica, fez ceder uma
transmissão do 208 Rallye4 do jovem piloto galego, forçando-o a abandonar na
segunda passagem pela especial da Lousã.
A discussão da Peugeot Rallye Cup Ibérica estava
confinada ao percurso da 1ª etapa do Rali de Portugal, que se iniciava o
fim-de-tarde de quinta feia e se prolongava por todo o dia de sexta.
A cidade de Coimbra foi
palco do arranque oficial e da Super Especial de abertura da prova. Perante
mais de 20 mil espetadores, Iago Gabeiras optou por “um andamento cauteloso,
sobretudo focado em não cometer erros. Fizemos
tudo bem e acabamos por fazer um bom tempo”, que colocou o piloto galego
na segunda posição da Copa.
O dia de sexta prometia
muita dureza, com 7 especiais e mais uma Super Especial de fecho, num total de
mais de 120 quilómetros contra o cronómetro.
Nos 12,03 kms da primeira passagem
pela Lousã, Iago Gabeiras e Néstor Casal continuaram a apostar “num andamento
controlado. Tentando ter um ritmo sólido e sempre dentro dos limites Não tínhamos
certezas sobre como estaria o piso da classificativa, nem sobre qual o ritmo
que os nossos adversários iriam impor”.
Mas, o cronómetro não
enganou e novo segundo melhor tempo, colocou a dupla na liderança da Copa, com 2,5
segundos de vantagem sobre os mais diretos perseguidores, provando que estavam
no rali de Portugal para discutir o triunfo
O desafio seguinte provou
ser o mais duro que a prova tinha para oferecer nesta edição de 2022.
A classificativa de Góis
estava muito degradada praticamente ao longo de toda a sua extensão (19,33
kms), com especial destaque “para a parte inicial, onde o piso estava
completamente destruído, tendo optado por rodar muito abaixo do limite, pois a mecânica
estava sofrendo muito”, explica Iago Gabeiras que depois, ainda
enfrentou outro problema: “a partir de metade da especial, apanhámos
sempre muito pó, levantado pelos concorrentes anteriores e fui forçado a
reduzir o andamento, impossibilitando-me de andar entre os da frente”.
Como resultado, Gabeiras
fez apenas a 5ª melhor marca e caiu para a mesma posição na geral da Copa,
antes da terceira e última especial da ronda inicial de sexta-feira, Arganil,
com 18,72 kms.
E o pesadelo continuou.
Logo após os quilómetros iniciais, voltou “o mesmo problema. A partir do
quarto quilómetro, começamos a rodar no pó dos outros concorrentes e era impossível
impor um ritmo rápido, que nos permitisse estar entre os melhores. Foi um
inferno. Ora andávamos cem metros sem pó, ora entravamos numa nuvem de poeira
em que não víamos um metro à nossa frente. Tivemos uma pequena saída de estrada
e, a partir de certo ponto, fomos com toda a cautela, tentando sobreviver!”.
Mesmo assim, Iago Gabeiras
e Néstor Casal lograram estabelecer novamente a quinta melhor marca, mantendo o
Peugeot 208 Rally4 da The Racing Factory no 5º lugar das contas particulares da
Peugeot Rallye Cup Ibérica, no fecho da secção.
Para a parte da tarde, o rápido
piloto galego queria “forçar o andamento e atacar. Tínhamos de recuperar
tempo e posições para, pelo menos, tentar chegar ao pódio. Chegamos à Lousã e
mal partimos, percebemos que o piso estava totalmente destruído. Não fizemos
nem 400 metros, pois a transmissão cedeu, depois de tanta pancada que apanhou
ao longo das classificativas!”.
Foi um desfecho inglório e
injusto, com esta desistência a representar “mais uma prova sem pontos.
Estamos muito tristes. Este Rali de Portugal foi um dos mais duros que alguma
vez fiz. Agora, resta-nos seguir em frente e dar tudo para vencer já na próxima
prova!”, que acontecerá nos dias 17 e 18 de junho. Será o Rali de
Ourense, primeira prova em asfalto da época.
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João Raposo
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