Luís Morais conquista pódio com exibição de grande
nível no Rali de Portugal
Estreando a seu lado Paulo
Silva, o talentoso piloto de Lousada rubricou uma performance onde à
intensidade aliou a inteligência tática, ultrapassando a extrema dureza da
etapa onde se decidiu a competição reservada ao campeonato de Portugal de Ralis
Duas Rodas Motrizes e à Peugeot Rally Cup Ibérica.
Se dúvidas houvesse sobre o talento e a
garra de Luís Morais, estão desfeitas. O lousadense não se deixou intimidar nem
pelo facto de ser a sua estreia absoluta no “Melhor Rali do Mundo”, nem pelo
autêntico “inferno” em que se transformaram as especiais em terra do centro do
país, palco da 1ª etapa do Vodafone Rali de Portugal 2022.
Pela frente Luís Morais e Paulo Silva, que
iniciaram na prova do ACP a sua parceria, tinham 9 especiais, num total de
cerca de 125 quilómetros.
O arranque deu-se em Coimbra, com uma Super
Especial de 2,8 quilómetros, tendo a dupla optado por “uma toada calma e
que não nos fizesse cometer qualquer erro, que pudesse arruinar a prova”,
assinando apenas o 5º tempo nas contas do Campeonato de Portugal de Ralis Duas
Rodas Motrizes, nada que preocupasse o piloto, pois tinha consciência de que “a
jornada de sexta-feira seria muito exigente. Ficamos logo com essa ideia nos
reconhecimentos dos troços e tínhamos perfeita noção de que esta iria ser uma
prova onde a inteligência tática ditaria o resultado”.
A ronda matutina de sexta contava com uma primeira
passagem pelas especiais de Lousã, Góis e Arganil e a sequência dura que
provocaria muitas mossas na caravana, foi galgada por Luís Morais num ritmo
cada vez mais em crescendo, embora sempre respeitando os limites impostos, para
prevenir males maiores.
4º na Lousã, naquele que seria o troço
ainda em condições mais aceitáveis, o lousadense logrou ultrapassar a dureza
extrema dos 19,33 kms de Góis, assinando o segundo melhor tempo, algo que o
deixou “muito feliz. A classificativa estava totalmente destruída por
todos os quatro rodas motrizes que nos antecederam. Pedra, muita pedra solta, regos
fundos e ainda tivemos de enfrentar muito pó, que dificultou a visibilidade.
Fizemos um excelente trabalho com as notas e o ritmo foi bom, mas sofremos
muito”, com o “calvário” a continuar nos 18,72 kms de Arganil.
Esta especial “pouco melhor estava do
que a anterior e continuamos a sofrer com o pó. Felizmente, conseguimos andar
bem e o terceiro tempo no fecho da ronda foi um bom premio para o nosso esforço”.
Luís Morais e Paulo Silva regressavam assim
ao reagrupamento já no 3º lugar do CPR 2RM, o que os motivava para a segunda
ronda pelos três troços cronometrados, a que se juntaria ainda a única passagem
por Mortágua e o desfecho da etapa em Lousada, no Eurocircuito da Costilha.
Reconhecidamente lutador, Luís Morais
partiu ao ataque na segunda seção e a sua exibição subiu ainda mais uns
patamares. Foi o segundo mais rápido em Lousã 2 e nas duas mais duras
especiais, Góis 2 e Arganil 2, o piloto de Lousada venceu, reduzindo a sua diferença
para o 2º colocado para 20,3 segundos, reduzindo a mesma em quase um minuto
apenas nessas três especiais!
Como tal, Luís Morais e Paulo Silva
preparam-se para “atacar em Mortágua, até porque era a Power Stage e dava
pontos extra. Sabíamos ser difícil chegar a segundo, mas o andamento que estávamos
a demonstrar indicava que era possível!”.
Só que aí veio o balde de água fria. Um
acidente de um concorrente anterior, fez a organização neutralizar a especial e,
aí, como diz o piloto, “já nada havia a fazer. 20 seguidos seria impossível
de recuperar na Super Especial em Lousada e, como tal, aproveitamos para
desfrutar da receção que tivemos na minha terra e dar espetáculo para os
milhares presentes no circuito”, assumindo o piloto que “foi uma emoção
tremenda estar perante as nossas famílias, os nossos amigos e conterrâneos a correr
na Costilha integrado no Rali de Portugal e logo a comemorar o segundo pódio da
temporada!”.
O 3º lugar nas contas do CPR2RM foi ainda
reforçado por um excelente 5º posto nas contas da Peugeot Rally Cup Ibérica, recolhendo
assim preciosos pontos e subindo nas tabelas classificativas das duas competições,
considerando Luís Morais que “esta época de estreia tem tido os seus
momentos mais difíceis, mas está a exceder as minhas expectativas e quer eu,
quer o Paulo, estamos muito motivados para tentar ainda melhorar mais nas
provas que se seguem!”.
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João Raposo
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