Vamos lá então: os carros do WEC têm de ter BoP para evitar as loucuras (e os custos) de desenvolvimento. Os GT500 são bastante mais baratos…
Os pneus do WEC são controlados e monomarca e em teoria têm de ser mais resistentes por causa da duração das corridas/stints. Nos GT500 quase também não há guerra de pneus, pois mesmo havendo 3 marcas - Bridgestone, Yokohama e Dunlop (a Michelin deixou de fornecer os Nissan para este ano) - apenas 3 carros não têm pneus Bridgestone.
Os carros dos GT500 não são pensados para a resistência de uma corrida de 24 horas. Facto, são apenas para 3 horas. Mas não me parece que a resistência seja o real problema que leva a que os protótipos tenham de ser “temperados” no ritmo. Para além disso, o nível de pilotagem no WEC-Hypercar parece-me superior. E se não for, deveria ser, pois é um mundial e não um campeonato nacional.
No WEC existem muitos marcas e as corridas são (teoricamente) animadas. As dos GT500 são ainda mais e não são necessários “artificialismos”…
Dá que pensar, não dá? O que seriam as corridas do WEC se os pilotos conseguissem extrair dos carros aquilo que eles valem na realidade? Piores corridas? De certeza que não…
Nota: para que não “peguem” nas condições de pista, no WEC estavam 23 graus de temperatura ambiente e 26/27 graus no asfalto. Ou seja, perto do ideal, tal como neste fim-de-semana dos GT500.