No combate a situações de violência em contexto escolar, as autoridades e as escolas unem-se aos pais na prevenção de uma situação que se tem tornado preocupante no ambiente escolar. De facto, e segundo o seu mais recente relatório, a Polícia de Segurança Pública(2) na sua campanha de combate ao bullying registou no ano letivo passado 2.956 ocorrências, 4,5% destas relacionadas com bullying (134 das ocorrências totais) e 1% situações de cyberbullying.
Neste sentido, a SaveFamily, empresa de relógios inteligentes para crianças, junta-se às ações de sensibilização para a prevenção da violência, bullying e cyberbullying com um conjunto de sugestões para detetar e combater esta situação.
Detetar o bullying
É importante começar por reconhecer que qualquer criança pode ser vítima de violência, bullying e cyberbullying em contexto escolar, independentemente da sua condição física, mental ou social. De facto, o bullying tem por alvo todos aqueles que possam ser considerados diferentes. As mudanças de humor costumam ser indicadores de bullying. Assim, observe o comportamento do seu filho, ou dos seus alunos em contexto de sala de aula e no recreio, e preste especial atenção aos comportamentos. O seu filho, ou algum aluno demonstra cansaço? Estão tristes, ou com medo? Perdem coisas ou apresentam a roupa rasgada com frequência? Estes são apenas alguns indicadores iniciais de que algo pode não estar bem. Ainda que a tendência possa ser para desvalorizar a situação e dizer à criança que não se deixe afetar, esta reação pode aumentar o sentimento de medo e vulnerabilidade.
Um dos passos iniciais que os pais e educadores podem também dar, caso a criança não seja capaz ou tenha coragem para exprimir o que se passa, é ouvir o seu entorno. Para tal a tecnologia, e nomeadamente os relógios inteligentes para crianças, possuem já um sistema que permite ouvir o que se passa em volta da criança quando esta está se encontra numa situação sem a presença dos adultos.
Reagir ao bullying
Se alguma situação pareça suspeita, quer em casa quer na sala de aula, a SaveFamily recomenda aos pais, encarregados de educação e educadores tomar medidas que não apenas eliminem algum problema, mas também que no futuro não se repitam.
Conversar com a criança é fundamental, ao mesmo tempo que se deve tranquilizá-la e assegurar que não está sozinha frente ao problema. Escutar e comunicar são passos importantes para garantir que a criança sabe que esta é uma situação fora do comum e que tem direito a ser feliz e sentir-se segura.
Reportar a situação aos diretores de turma e ao conselho pedagógico da escola, informando de todos os pormenores de que teve conhecimento e informar-se de quais as medidas a tomar nestas circunstâncias, quer na sala de aula quer fora. Se alguma das situações reportadas pela criança envolvam violência, seja de que cariz for, considere reportar às autoridades. A Polícia de Segurança Pública tem o seu projeto de Segurança na Escola e a campanha “Bullying é para fracos” com profissionais competentes para agir nestas situações.
Que fazer se o meu filho foi identificado como agressor?
Qualquer situação de violência ou bullying afetam de forma drástica as crianças, sejam elas vítimas ou agressores, assim como a sua relação familiar e dentro da escola com toda a comunidade escolar. Reagir a estas circunstâncias é sempre importante que seja feito de forma equilibrada, mas também eficiente, garantindo que a criança tem plena consciência das suas ações e das consequências que delas advêm.
É importante manter a calma e falar com a criança aberta e honestamente, procurando saber a verdade e a origem do comportamento, assim como a envolvência emocional e social que a este estão relacionadas. Ao mesmo tempo, é fundamental colaborar com a escola, os professores e os alunos de toda a turma, uma vez que não apenas a origem pode estar no próprio contexto escolar, como também é neste que se encontra a solução. Não procure eliminar o problema simplesmente retirando a criança da turma ou até da escola, mas sim colabore de forma a que juntos encontrem uma solução que pode assegurar que no futuro não se repete. Esta é também uma forma simples para que a criança compreenda e enfrente os resultados das suas ações, e não se afaste sem qualquer consequência.
Em caso de circunstâncias mais graves, considere procurar a ajuda de um profissional. Às vezes a criança pode não se sentir à vontade para falar com os pais ou os educadores, mas mais facilmente se sente ouvido por um profissional. É também imprescindível, em muitos casos, que exista algum distanciamento parental para que a criança entenda verdadeiramente os seus atos.
A responsabilização da criança é também um passo importante para prevenir situações futuras. As consequências dos atos e assumir a responsabilidade sobre os mesmos é uma ferramenta importantíssima para que no futuro o problema não se repita. Simultaneamente, a responsabilização é uma característica que a criança deve desenvolver para o seu futuro, independentemente das circunstâncias em que se encontre.
Educar e sensibilizar para a violência e bullying
Consversar sobre as consequências negativas do bullying e da importância do respeito e empatia pelos outros é fundamnetal para as crianças e jovens em todas as idades escolares. Este é um problema que a sociedade deve enfrentar e sobre o qual deve assumir um compromisso. Escutar, compreender e atuar com empatia são fatores importantes para marcar a diferença na vida e crescimento das crianças.
“Em todos os momentos da vida das crianças devemos agir de forma a garantir a sua segurança e a sua felicidade. Seja no contexto familiar ou escolar, a violência nunca é solução para os problemas, e devemos trabalhar em conjunto para criar um mundo livre de violência e bullying, onde todas as crianças crescem seguras, livres, iguais e felizes”, afirma explica Jorge Álvarez, CEO da SaveFamily.