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NACIONAL DE RALIS - PAULO NETO VENCEU RALI DAS CAMÉLIAS AO VOLANTE DO SEU CITROEN DS 3

Quarta, 05 Dezembro 2018 09:05 | Actualizado em Quinta, 25 Abril 2024 12:02

Paulo Neto, acompanhado por Vítor Hugo, e o Citroën DS3 RT foram os grandes vencedores do Rali das Camélias, prova que marcou o regresso da serra de Sintra e da região de Mafra ao panorama motorizado nacional depois de mais de duas décadas de ausência.

Foi um fantástico dia de Outono que recebeu logo pela manhã nos Jardins do Casino Estoril a partida da edição 2018 do Rali das Camélias, uma prova que pelas mãos do Clube Motorismo de Setúbal viu novamente a luz do dia. Com o sol a começar a brilhar no horizonte pilotos e máquinas rumaram para a primeira especial, Cascais, onde desde logo Carlos Fernandes mostrou ao que vinha, ao deixar a concorrência a mais de 20 segundos, com Paulo Neto, Rui Madeira e Pedro Clarimundo a caberem por esta altura em menos de quatro segundos na batalha pelas restantes posições do pódio.

Destino seguinte Sintra. Mais uma vez Fernandes não deu hipóteses, mas desta vez Rui Madeira foi segundo depois de ter corrigido um pequeno problema com o Mitsubishi na primeira especial. Ainda assim o piloto de Almada ganhou apenas 0.5s a Neto, pelo que os dois saíam separados por 0.2s com vantagem para o piloto do Citroën DS3 RT, ao passo de Pedro Clarimundo perdia desta vez terreno e caía para quinto, também a 0.2s de Gil Antunes. Antes da pausa junto ao Palácio Nacional de Mafra, havia mais uma especial para percorrer, Mafra. E a história do rali começava a mudar. Carlos Fernandes tinha um problema de turbo e perdia quase toda a vantagem amealhada até então, com Paulo Neto a chegar ao reagrupamento no segundo lugar a 7.4s e Rui Madeira também a menos de 10s da frente. Gil Antunes depois de um início menos bom começava a recuperar e vinha já no quarto posto depois de ganhar esta especial.

Depois do reagrupamento e da zona de assistência em Mafra, os pilotos tinham pela frente mais quatro especiais até chegarem ao Estoril, a dupla passagem por Codeçal e Livramento. E logo na primeira deu-se o volte-face da prova, com Carlos Fernandes e Rui Madeira a serem forçados a abandonar por avaria mecânica. Com isso Paulo Neto ficou na frente, mas Gil Antunes ganhava mais uma classificativa e colocava a diferença entre os dois em 12.7s, com Pedro Clarimundo a defender o último lugar no pódio de Eduardo Antunes. No Livramento Eduardo Antunes e Paulo Neto empatam, com o líder a ganhar mais alguma folga face ao seu mais directo rival, enquanto Antunes ficava com o pódio a 0.2s.

O rali acabaria por ficar resolvido na segunda passagem pelo Codeçal, com Gil Antunes a ser de novo o mais rápido, mas com Paulo Neto a minimizar as perdas conseguindo com isso entrar para a derradeira classificativa com 11.2s de vantagem que acabou por gerir com mestria. Também a luta pelo pódio se resolveu aqui, com Eduardo Antunes a sair de estrada e com isso a permitir que Pedro Clarimundo rumasse de forma controlada até ao Estoril para fechar a tribuna dos vencedores.

No último troço o mais rápido foi Paulo Neto, que desta forma confirmou a vitória. Gil Antunes foi segundo, com Pedro Clarimundo a fechar a tribuna dos vencedores, num rali que se revelou muito traiçoeiro para os pilotos, sendo que dos 70 pilotos que alinharam à partida apenas 40 alcançaram o último controlo montado nos Jardins do Casino Estoril. O veterano António Baiona, que voltou a colocar o capacete, e Gonçalo Inácio ficaram com os restantes lugares do “top five”, ao passo que Pedro Lança, Gonçalo Boaventura, Ricardo Sousa, Carlos Neves e Aníbal Rolo encerram os 10 melhores do rali. Uma palavra especial para o lote de cinco KIA Picanto GT Cup do troféu de velocidade que alinharam à partida e onde o melhor foi o veterano Francisco Esperto. No final os pilotos foram unânimes em reconhecer a qualidade do rali.

Para o vencedor Paulo Neto “ganhar esta prova é um sonho. Sou daqui, vi o rali muitas vezes quando era pequeno e quando podia começar a participar deixou de se fazer. Estou muito contente. De manhã os pisos estavam muito húmidos na zona da serra e por isso perdi algum tempo”, explicou. Também Gil Antunes dizia que “foi fantástico fazer esta prova. Os troços são fantásticos. Atrasei-me um pouco logo nas duas primeiras especiais. Tinha o carro com afinação de seco, muito duro, mas as classificativas estavam muito húmidas e o carro escorregava muito”.

A organização da prova falou pela voz de Luiz Caramelo, o mentor deste regresso que agradeceu “ás equipas presentes, ao empenho determinado das três Câmaras Municipais envolvidas na organização – Cascais , Sintra e Mafra – às forças de segurança e socorro - e ainda ao patrocinador principal do rali – Lighthouse Portugal Properties e ais restantes patrocinadores. Para 2019 prometemos algumas alterações e melhoramentos, assim como um rali diferente, tanto na concepção como na extensão, já que temos intenção de voltar a Sintra à noite e também ao Gradil, eliminando talvez o sistema de rondes adoptado este ano entre o Codeçal e Livramento."

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