Primeiro como o Mundial de Gr.A, em 1987. Depois o WTCC, de 2005 a 2017. Após isso, WTCR. A aventura chega ao fim este ano. Agora, a ideia é nove eventos de campeonatos TCR, com pontos extra para um ranking mundial, e uma grande final anual, com promoção a meias entre a WSC e a Discovery Events. Uma final que faz lembrar as Taças do Mundo de Superturismo em 1993-94-95, que não deixaram grandes memórias.
Custa-me ver este desfecho de uma competição que ajudei a promover em
Portugal, aos microfones do Eurosport. De há algum tempo, parecia uma morte anunciada. Por várias razões, algumas delas aqui descritas em vários apontamentos. Infelizmente, facilmente identificáveis, mesmo de fora.
O TCR é um enorme sucesso a nível nacional e até regional. Mas não será a base ideal para um Mundial de Turismo. Que, se calhar, deixou de ter razão de existir. Sobretudo, com utilitários que não fazem sonhar. É pena. Porque os Ford Capri e Escort, os Alfa Romeo 1300 GT e 2000 GTV, os Camaro, Mustang, Barracuda, os BMW 3.0 CSL e 530i, e tantos outros, foram fundamentais para construir a minha paixão pelas corridas. Acredito que muitos outros, da minha geração, partilham este sentimento.
Um dia, quando mudaram as 24 horas de Spa para os GT, escrevi que isto ia acontecer. Demorou 20 anos. E o E-TCR, que se mantém para 2023, não é um substituto “natural”.
Não tenho dúvidas que hoje é um dia triste para o Desporto Motorizado.